Você certamente já ouviu falar ou estudou sobre idiomas, dialetos e línguas em várias ocasiões da sua vida. Os três elementos ocupam uma parte essencial da história da humanidade, e mesmo que pareçam sinônimos, cada um dos termos possui significados distintos. Conhecê-los, inclusive, é de grande importância para qualquer estudioso. Mas o que caracteriza cada um? E qual é a diferença entre idioma, dialeto e língua?
Os três elementos são expressões comuns na Sociolinguística, ou seja, uma área da Linguística que estuda a relação entre a sociedade e as mais diversas línguas faladas e trabalhadas nela. Em um primeiro momento, distinguir cada termo pode parecer difícil, mas suas características são significativas.
Hoje, você vai aprender qual a diferença entre idioma, dialeto e língua, e o que cada um dos termos realmente significa.
Qual é a diferença entre idioma, dialeto e língua?
Ao redor do mundo, existem milhares de línguas, idiomas e dialetos diferentes. Afinal, o planeta é gigantesco e não apenas em questão de tamanho, mas também por conta de aspectos culturais. Quando se trata das formas de comunicação da população, isso não poderia ser visto de outra maneira.
É comum ouvir que uma língua existe em um país, enquanto um dialeto só é específico de uma região. Mas e o idioma? Como diferenciar cada um, quando todos os três elementos parecem tão similares quando colocados lado a lado?
O idioma
O idioma é considerado a língua própria de um povo. Ele está relacionado com a existência de um lugar em específico, um Estado, e é utilizado para identificar e diferenciar uma nação quando comparada às demais. No Brasil, por exemplo, o idioma oficial é o Português, falado pela maioria dos brasileiros.
Mesmo que no país existam comunidades que façam o uso de outros idiomas. só a língua portuguesa leva o título de língua oficial. Contudo, em países como o Canadá, dois idiomas podem ser considerados oficiais, como é o caso do inglês e do francês.
A língua
Já a língua ultrapassa as barreiras impostas em regiões. Ela é um instrumento de comunicação, e sua maior finalidade é e sempre será servir como um ponto de encontro entre dois ou mais indivíduos. A língua pertence aos falantes, que podem utilizá-la como bem entendem para estabelecer interações com a sociedade e os grupos ao seu redor.
Ao dizer que a língua é um instrumento do povo, é possível traduzir o sentido da frase para o fato de que, mesmo que certas normas gramaticais estabeleçam a ordem de um idioma, cada falante pode optar por uma forma de expressão específica, originando então a fala. E a fala, mesmo que seja criativa e cultural, deve ser regida por regras estabelecidas em uma sociedade.
Além disso, na fala é possível encontrar variações linguísticas aos montes, algo que jamais deve ser visto como uma falha no idioma, mas sim uma prova da dinamicidade da língua.
O dialeto
Por fim, o dialeto é considerado uma variedade de uma língua, mas em uma região ou território específico. O termo se relaciona às variações linguísticas que podem ser encontradas em diferentes grupos sociais. É possível entender as variações analisando três fenômenos: a situação de uso, exposição aos saberes comuns e contexto sociocultural.
A situação de uso consiste na forma como os falantes se adéquam na questão linguística aos vários casos onde deve ocorrer a comunicação, com base em um nível de formalidade. A exposição aos saberes comuns é o fenômeno dos diferentes grupos sociais, que podem ter maior ou menor acesso à educação formal, utilizando a língua de várias maneiras.
E o contexto sociocultural implica nas gírias e trejeitos que podem traduzir muito sobre alguns grupos, que são formados por junções culturais.