Quem gosta de admirar o céu noturno tem um evento para acompanhar em breve: a chuva de meteoros Líridas. A NASA, por meio do Meteoroid Environment Office (MEO), já divulgou as principais datas para esses fenômenos neste ano, e uma das mais intensas acontecerá em abril.
Esses fenômenos ocorrem quando a Terra atravessa os rastros de poeira e detritos deixados por cometas em sua órbita ao redor do Sol.
Quando essas partículas entram na atmosfera terrestre em alta velocidade, aquecem-se e se transformam em luzes brilhantes, popularmente conhecidas como estrelas cadentes.
Quando acontecerá a próxima chuva de meteoros?

As Líridas será a próxima chuva de meteoros, com pico em 22 de abril. Foto: Reprodução / Pixabay
A próxima chuva de meteoros será as Líridas, com pico em 22 de abril. Essa é uma das mais antigas conhecidas, com registros que remontam a 687 a.C.
Além disso, ocorre anualmente entre 14 e 30 de abril, quando a Terra atravessa os detritos deixados pelo cometa C/1861 G1 Thatcher.
A taxa horária zenital (THZ) esperada é de 18 meteoros por hora, mas em anos excepcionais, como em 1982 e 1985, essa taxa pode chegar a 100 meteoros por hora. A próxima grande intensificação está prevista para 2042.
Felizmente, as condições de observação para as Líridas deste ano são favoráveis, já que o pico ocorre um dia após a Lua Minguante, com apenas 37% de iluminação lunar. Isso significa que a luz da Lua não atrapalhará a visibilidade dos meteoros.
Calendário de chuvas de meteoros em 2025
Pi Pupídeos: 15 a 28 de abril
Ativa no Hemisfério Sul, essa chuva de meteoros pode atingir até 40 meteoros por hora no pico, que será em 23 de abril.
Originada pelos detritos do cometa 26P/Grigg-Skjellerup, é melhor observada em locais com céu escuro e longe da poluição luminosa.
Eta Aquáridas: 19 de abril a 28 de maio
Com até 50 meteoros por hora, essa chuva é visível principalmente no Hemisfério Sul, com pico em 6 de maio. Seus meteoros são provenientes do famoso cometa Halley, oferecendo um espetáculo brilhante e rápido no céu noturno.
Líridas de Maio: 5 a 14 de maio
Com uma taxa de apenas 3 meteoros por hora, essa chuva é mais discreta e visível no Hemisfério Norte. Ela está associada aos detritos do cometa C/1861 G1 Thatcher, conhecido por suas passagens históricas. Seu pico ocorrerá em 8 de maio.
Taurídeas: 10 de setembro a 20 de novembro
Visível em ambos os hemisférios, com destaque para o Hemisfério Norte, essa chuva produz até 5 meteoros por hora, com pico em 10 de outubro. Originada pelos detritos do cometa 2P/Encke, é conhecida por seus meteoros lentos e brilhantes.
Draconídeas: 6 a 10 de outubro
Com pico em 8 de outubro, essa chuva é melhor observada no Hemisfério Norte. Ela está ligada ao cometa 21P/Giacobini-Zinner e pode surpreender com explosões ocasionais de atividade.
Oriônidas: 2 de outubro a 7 de novembro
Visível em todo o mundo, mas com melhor observação no Hemisfério Norte em 21 de outubro, essa chuva pode atingir 25 meteoros por hora. Originada dos detritos do cometa Halley, é conhecida por sua velocidade e brilho intenso.
Leônidas: 6 a 30 de novembro
Com pico em 17 de novembro, essa chuva é visível globalmente, mas mais intensa no Hemisfério Norte. Associada ao cometa 55P/Tempel-Tuttle, as Leônidas são famosas por suas “tempestades” de meteoros a cada 33 anos.
Geminídeas: 4 a 20 de dezembro
Considerada uma das melhores chuvas de meteoros do ano, com até 120 meteoros por hora, é visível no Hemisfério Norte, mas também pode ser observada no Brasil.
Originada do asteroide 3200 Phaethon, é conhecida por seus meteoros brilhantes e coloridos. Seu pico será em 14 de dezembro.
Ursídeas: 17 a 26 de dezembro
A chuva de meteoros Ursídeas é visível no Hemisfério Norte. Associada ao cometa 8P/Tuttle, é uma ótima opção para encerrar o ano com um belo espetáculo celeste, apreciando sua maior atividade em 22 de dezembro.