A NASA está trabalhando em materiais e técnicas para construir casas na Lua, de modo que possam resistir às condições hostis do ambiente.
A Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) revelou suas intenções de construir casas na Lua até 2040. Este ambicioso plano, denominado Projeto Olimpo, está ligado à missão Artemis II, que visa estabelecer uma presença humana permanente no satélite natural.
Isso permitiria aos astronautas realizar pesquisas científicas e explorar exaustivamente a sua superfície. Da mesma forma, o projeto de construção de estruturas habitáveis em ambiente extraterrestre poderá servir de ponto de partida para futuras missões a Marte.
O Projeto Olimpo terá participação da ICON, uma empresa que constrói casas por impressão 3D. Ela será responsável por usar recursos lunares, como poeira e rochas, para criar um material semelhante ao concreto que servirá de base para as habitações e outras estruturas. A companhia já demonstrou a sua experiência construindo casas resistentes a furacões no México.
Até agora, a NASA alocou US$ 60 milhões para este projeto e lançará uma impressora 3D gigante para materializar seus objetivos. Além disso, está sendo feito um trabalho com universidades e empresas privadas para construir portas, azulejos e móveis para a casa lunar.
Embora os planos estejam em fase inicial, já existem representações de como seria a estrutura, embora seja possível que a ideia mude nos próximos 10 anos.
Detalhes sobre o custo da estadia na casa lunar ainda não são conhecidos, mas primeiro é preciso instalar plataformas de pouso para os foguetes que levarão a impressora 3D à superfície do satélite.
A tecnologia de impressão 3D utilizada pela ICON, conhecida como The Vulcan, é capaz de construir habitações camada por camada utilizando uma mistura de cimento, areia e água. Este método permite que todas as partes da casa, como paredes e telhado, sejam impressas separadamente e depois unidas. Além disso, o processo pode ser realizado em apenas 48 horas.
A ICON usa essa tecnologia desde 2018 e construiu mais de 100 casas no norte de Austin. Elas se popularizaram pela rapidez de construção e são consideradas uma possível solução para a crise imobiliária nos Estados Unidos.
A NASA vê as casas impressas com essa tecnologia como o próximo estágio de sua missão lunar, que pode revolucionar a exploração espacial e permitir um futuro habitado em outros corpos celestes.
Alguns membros da comunidade científica consideram que os prazos estabelecidos pela NASA são muito ambiciosos, especialmente porque ainda não conseguiram voltar a pousar na Lua.
Por outro lado, vários especialistas indicaram que o objetivo de ter estruturas lunares até 2040 é viável se a agência continuar a cumprir suas metas intermediárias.
No entanto, asseguram que para produzir estas casas é necessário considerar não só a poeira radioativa da Lua, mas também as situações climáticas e o conforto da viagem, bem como a segurança dos astronautas.
Qualquer equipamento destinado a ser enviado à Lua deve ser testado na Terra para verificar se resiste ao ambiente espacial, por isso a NASA também possui mais de 10 câmaras de teste nas quais submete diferentes objetos às mesmas condições de radiação e vácuo térmico que devem resistir fora do nosso planeta.
Acredita-se que em fevereiro de 2024, a impressora do ICON será introduzida na câmara maior para o seu primeiro teste nas casas lunares.
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