No universo da Língua Portuguesa, algumas expressões acabam deixando muitos concurseiros em dúvida quanto à concordância correta na hora de escrever a redação. Por exemplo, deve-se escrever “é proibido a entrada” ou “é proibida a entrada”?
Se você não sabe ao certo, fique conosco até o fim da leitura e descubra a resposta. Por mais que o nosso idioma tenha as suas complexidades, o concurseiro precisa estar a par das principais regras da norma culta, não é verdade? Confira.
“É proibido a entrada” ou “é proibida a entrada”?
Existe uma regra simples que pode evitar que o concurseiro fique em dúvida durante a sua redação. Quando o sujeito da oração não é determinado por um artigo ou certos pronomes, essas expressões permanecem invariáveis.
Agora, se o sujeito é precedido de um artigo ou outro elemento determinante, a frase se flexiona em gênero e número. Por exemplo, qual frase seria correta:
- “É proibido a entrada de animais” ou “É proibida a entrada de animais”?
Se você acha que é a segunda opção, acertou em cheio. A expressão “é proibida” concorda com o sujeito da frase “a entrada de animais”, o que deixa a concordância da oração correta.
Compreender essa concordância é importante para que o concurseiro tenha mais clareza no que diz respeito à comunicação escrita. Em suma, o correto é sempre escrever “proibida a entrada”, fechado?
Outros exemplos com o uso de “é proibida”
Para ficar mais claro, selecionamos outros exemplos de orações em que se deve usar “é proibida”. Confira.
- É proibida a venda de bebidas alcoólicas;
- É proibida a presença de crianças nesse local;
- É proibida a entrada de estranhos no navio;
- É proibida a pesca nos lagos da pousada.
“É proibido” deve ser usado em casos específicos
Vale ressaltar que a expressão “é proibido” deve ser usada em situações específicas. Por exemplo, quando não existe artigo ou pronome que indique o sujeito da oração. Veja os exemplos abaixo:
- É proibido vender bebida alcoólica para menores de idade;
- É proibido andar de bicicleta neste recinto;
- É proibido fumar dentro do ônibus;
- É proibido trafegar de carro nesta região;
- É proibido lavar roupas nesta máquina.
Nesse caso, o sujeito é a própria oração subordinada reduzida de infinitivo. Se você ficar em dúvida, existe um truque simples.
Observe a frase:
- É proibido a entrada de estranhos.
Qual é o sujeito da frase? A entrada de estranhos.
Note que existe a presença do artigo “a” antes do núcleo do sujeito “entrada”.
Agora, se você inverter a frase para “A entrada de estranhos é proibido”, não haverá concordância entre o sujeito e o complemento na oração.
Então, o correto seria: “É proibida a entrada de estranhos”.
Dicas extras
Caso você se depare com expressões como “é preciso”, “é necessário”, “é bom” ou “é permitido”, por exemplo, a regra continua a mesma.
Ou seja, sem a presença de um artigo ou pronome que determine o sujeito da oração, todas essas expressões permanecem invariáveis. Caso contrário, flexionam-se de acordo com o sujeito. Observe os exemplos abaixo:
- É necessário muita prudência ao dirigir no trânsito das capitais. (não existe artigo);
- É preciso cautela com determinados conselhos que escutamos por aí;
- Não é permitido cães nesta parte da casa;
- A presença de cachorros não é permitida (presença do artigo “a”);
- A água é boa para a saúde da pele;
- Água é bom para hidratar a pele (sem artigo).