O encontro com o crush, a entrevista de emprego ou o primeiro dia de trabalho são momentos em que devemos empenhar todos os nossos esforços para causar uma boa impressão nos outros.
Felizmente, a ciência já realizou diversos estudos sobre os fenômenos que ocorrem em torno das primeiras impressões e as estratégias para sermos bem-sucedidos nessas ocasiões.
5 formas de ser bem-visto logo de cara
1. Contato visual
Ao conversar com alguém pela primeira vez, tente olhá-la nos olhos e mostrar um sorriso sincero.
Uma pesquisa conduzida pelas universidades de Saint Andrews, Karolinska e Estocolmo indica que a atratividade facial influencia significativamente as primeiras impressões.
Além disso, características faciais como a abertura das pálpebras podem impactar positivamente a percepção dos outros.
Olhos abertos são associados a qualidades como inteligência e confiabilidade.
O estudo sugere que um olhar atento e o contato visual podem fortalecer conexões interpessoais e deixar impressões duradouras.
2. Vista-se bem
Em contextos como entrevistas de trabalho ou palestras, a escolha do vestuário e a firmeza do cumprimento são aspectos essenciais.
Pesquisas indicam que o modo de vestir e a postura são determinantes nas primeiras impressões.
Usar trajes adequados à ocasião mostra respeito e reverência para com aqueles com quem você está se reunindo.
Além da roupa, lembre-se que acessórios como joias, relógios, etc., e fragrâncias, calçados e higiene são igualmente importantes aos olhos de quem queremos impressionar.
3. Controle o tom de voz
De acordo com um estudo realizado na Escócia, o segredo para uma boa primeira impressão está na maneira como dizemos “olá”.
A pesquisa mostrou que as pessoas julgam a confiabilidade e dominância de alguém com base no tom de voz ao ouvir essa saudação.
Os autores da investigação gravaram estudantes dizendo “olá” e pediram a outros para avaliarem a personalidade com base nessa única palavra.
Os resultados apontam que, mesmo em frações de segundo, formamos opiniões consistentes sobre os outros, sugerindo que o tom de voz é um indicador-chave de traços de personalidade.
4. Fale menos e escute mais
Pesquisadores de Harvard descobriram que falar sobre si pode ser tão gratificante quanto comida, dinheiro e intimidade sexual.
O estudo mostrou que os participantes que narraram suas opiniões e experiências pessoais registraram maior atividade em regiões cerebrais associadas à motivação e recompensa.
Portanto, dar espaço para outras pessoas compartilharem suas histórias fortalece o vínculo e pode causar uma boa impressão.
5. Demonstre suas qualidades positivas
Um estudo conduzido em 2014 envolveu 120 participantes observando 845 fotografias de jovens com expressões faciais neutras.
Algumas imagens foram marcadas com palavras chinesas para “decente” e “honesto”, e “cruel” e “mal”, enquanto outras não tinham descrições de personalidade.
Os resultados mostraram que as pessoas nas fotos eram vistas como mais atraentes quando associadas a traços de personalidade positivos.
Os cientistas concluíram que a percepção de atratividade facial pode ser influenciada por atributos de personalidade, onde qualidades positivas aumentam a atratividade e qualidades negativas a diminuem.
A primeira impressão é realmente importante?
Uma série de experimentos realizados pelos psicólogos Janine Willis e Alexander Todorov, da Universidade de Princeton, revelou que você nunca terá uma segunda chance de causar uma ótima primeira impressão.
A pesquisa destaca que, em apenas um segundo, as pessoas fazem avaliações iniciais baseadas em características faciais, que podem incluir julgamentos sobre a simpatia ou agressividade de alguém.
Essas primeiras impressões são formadas quase instantaneamente e tendem a ser surpreendentemente estáveis, mesmo quando as pessoas têm mais tempo para refletir sobre o que veem.
Isso sugere que as opiniões iniciais que formamos têm um peso considerável e são difíceis de alterar, podendo ter implicações importantes para como interagimos socialmente e formamos relações.
Por fim, os autores sugerem, com base na psicologia evolucionista, que uma capacidade acelerada e precisa de julgar a confiabilidade dos outros pode ter evoluído como um importante mecanismo de sobrevivência.