Até chegar os dias atuais, a caneta tal como conhecemos hoje passou por várias evoluções ao longo tempo. Acredita-se que a história desse instrumento teve início por volta de 1000 a.C. quando os chineses usavam pequenos pinceis para escrever.
Anos depois, mais precisamente, em 300 a.C, as varetas de bambu começaram a ser usadas pelos egípcios. Houve também, por volta do ano de 79, uma espécie de caneta com ponta de bronze. Esse objeto foi encontrado nas ruínas de Pompeia, Itália.
Já na Idade Média, as canetas que faziam sucesso eram as que eram feitas com penas de aves, principalmente as de ganso. Esse modelo foi usado por longos anos, mas, como as penas se deterioravam com rapidez, buscou-se por outras alternativas.
Foi aí então que surgiram as canetas feitas com pontas de aço. No entanto, esse modelo não caiu no gosto de quem as usava, por conta do peso e também da necessidade de ter que carregar a tinta junto.
A evolução da caneta
No final do século 19, eis que surgem as primeiras canetas-tinteiro, aquela que carrega consigo um reservatório com tinta. Esses instrumentos foram criados pelo estadunidense Lewis Edson Waterman.
Anos mais tarde, finalmente surge a caneta esferográfica, a qual usamos em nosso dia a dia. Ela é caracterizada por ter uma esfera giratória na ponta. Essa esfera é a responsável por aplicar a tinta em cima do papel na medida que nós escrevemos.
O modelo de caneta esferográfica surgiu também no final do século 19 e foi criada pelo jornalista húngaro László József Bíró. A partir do ano de 1938, essa caneta se popularizou, porém László não tinha condições financeiras para comercializá-la, motivo pelo qual vendeu a patente ao francês Marcel Bich, em 1944.
Marcel então aperfeiçoa e adapta a esferográfica inventada por László. Em dezembro de 1950, ele lança sua primeira caneta esferográfica na França sob a marca BIC, uma versão mais curta de seu nome. Graças ao seu preço acessível, o instrumento logo se popularizou.
A BIC no Brasil e no mundo
Em 1956, a caneta BIC chegou ao Brasil. Quatro anos mais tarde, a primeira fábrica da empresa é instalada no país para se expandir por toda a América do Sul. Em 1958, ela chegou aos Estados Unidos, onde também rapidamente se popularizou.
Hoje, a caneta Bic está presente no mundo todo e continua a ser a queridinha de muitos consumidores. Para se ter uma ideia, em 2012, a empresa ultrapassou a marca de 100 bilhões de canetas vendidas em todo o mundo.
Atualmente, há diversos modelos de canetas BIC. Porém, quase todos eles – cerca de 90% – possuem algo em comum, que é a presença de um furinho na lateral do tubo. Você já se perguntou o motivo desse furinho? Se sim, chegou a hora de descobrir a resposta. Confira a seguir.
Por que a caneta BIC tem um furinho na sua lateral?
Se você pensou que o furinho na lateral da caneta BIC não tem função, se enganou. Ele serve para evitar o vazamento de tinta, uma vez que consegue igualar a pressão atmosférica dentro e fora da caneta. Caso esse buraquinho não existisse e usássemos o instrumento em um avião, por exemplo, ele estouraria.
No processo de fabricação da caneta BIC, o ar é retirado totalmente da ponta, para ali depositar a tinta. O furinho, portanto, evita que a tinta faça o movimento inverso e vaze por trás.