Por que o Sol “pega fogo” se não existe oxigênio no espaço?

O Sol fornece calor e luz ao nosso planeta, mas o processo pelo qual passa para conseguir isso não é uma simples combustão.

O Sol é a estrela mais importante do nosso sistema solar, pois é ele que ilumina e aquece os planetas, permitindo a existência de vida na Terra.

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Mas, como ele “pega fogo“, se no espaço não há oxigênio, que é essencial para a combustão? Vamos entender esse processo a seguir.

Como o Sol “queima” no espaço sem oxigênio?

A resposta é que o Sol não pega fogo da mesma forma que os objetos na Terra. O que acontece na estrela é um processo chamado de fusão nuclear, que é diferente da reação química que ocorre na combustão.

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A combustão é uma reação exotérmica na qual um combustível (como madeira, gás, carvão, etc.) se combina com o oxigênio do ar, liberando energia na forma de calor e luz.

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Esse sistema envolve apenas a troca de elétrons entre as moléculas, sem alterar os átomos que as compõem.

A fusão nuclear, por outro lado, é uma transformação da matéria que ocorre no núcleo dos átomos, onde os prótons e nêutrons se unem para formar elementos mais pesados.

Esse processo libera uma quantidade enorme de energia, muito maior do que a da combustão, pois parte da massa dos átomos é convertida em energia, de acordo com a famosa equação de Einstein: E = mc².

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Do que é formado o Sol?

O Sol é uma esfera gigante de gás, composta principalmente por hidrogênio e hélio. No seu núcleo, que tem uma temperatura de cerca de 15 milhões de graus Celsius, a pressão é tão alta que os átomos de hidrogênio se fundem para formar átomos de hélio.

Isso libera energia na forma de radiação eletromagnética, que inclui a luz visível, os raios ultravioleta e os raios infravermelhos.

Essa energia se propaga do núcleo até a superfície da estrela, que tem uma temperatura de cerca de 6 mil graus Celsius, e depois se irradia para o espaço, atingindo os planetas e outros corpos celestes. É assim que o Sol brilha e nos aquece, sem precisar de oxigênio.

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Os cientistas apontam que o astro-rei está na fase chamada de sequência principal, na qual ele queima hidrogênio em hélio de forma estável.

Essa fase deve durar cerca de 10 bilhões de anos, dos quais já se passaram cerca de 4,6 bilhões.

O que vai acontecer quando o combustível da estrela acabar?

O Sol possui uma reserva limitada de hidrogênio, seu principal combustível. Atualmente, metade desse estoque já foi consumida.

Daqui a 5 bilhões de anos, quando o hidrogênio se esgotar, o astro passará a queimar hélio, um processo que durará mais 1 bilhão de anos.

Nesse estágio, sua temperatura e brilho aumentarão significativamente, causando um verdadeiro “inferno”.

À medida que o Sol envelhecer, ele vai se expandir e se tornar uma gigante vermelha, que pode engolir os planetas mais próximos, como Mercúrio, Vênus e talvez a Terra.

Depois que o hélio do núcleo acabar, o Sol vai se contrair e se tornar uma anã branca, que é uma estrela pequena e fria, que aos poucos vai perder seu brilho.

Ele vai deixar para trás uma nuvem de gás e poeira, chamada de nebulosa planetária, que vai brilhar por cerca de 10 mil anos, até se dissipar no espaço. Os planetas que sobreviverem vão orbitar essa anã branca, mas sem receber muita luz ou calor dela.

Portanto, o fim do combustível do Sol vai causar o fim do Sistema Solar, mas também pode criar novas formas de matéria no Universo.

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