O período da Páscoa é um dos momentos mais significativos para os cristãos, pois celebra a ressurreição de Jesus Cristo.
Contudo, é interessante notar que muitos símbolos pascais têm raízes em crenças pagãs ancestrais.
Entre esses símbolos está o coelho da Páscoa, conhecido por distribuir ovos de chocolate às crianças. Mas qual é a origem dessa tradição? Continue lendo e entenda a seguir.
Por que o coelho é um dos símbolos da Páscoa?
Essa associação tem suas origens nas celebrações de culturas antigas que veneravam Eostre ou Ostara, a deusa da fertilidade, frequentemente simbolizada por um coelho.
A divindade estava ligada à chegada da primavera e ao renascimento da vida na Terra.
Na antiguidade europeia, o equinócio vernal era festejado em honra à Ostara, marcando o fim do inverno e o despertar da vida com a estação das flores.
As festividades incluíam rituais de enfeitar ovos, representando a fertilidade e a renovação.
Em algumas tradições, esses ovos eram depositados na terra como uma oferenda para a Ostara.
E os coelhos, notáveis pela sua procriação rápida, eram exaltados como ícones de fecundidade durante o período.
Com o advento do Cristianismo, a Páscoa se transformou em um momento de celebração religiosa, honrando a ressurreição de Jesus Cristo.
No entanto, curiosamente, muitos elementos simbólicos do paganismo, como os ovos e os coelhos, foram incorporados às comemorações.
Quanto à peculiar ação do coelho entregar ovos de chocolate, presume-se que essa prática tenha suas raízes na Alemanha do século XIX.
Naquela época, os confeiteiros começaram a criar doces em formas de coelhos e ovos, popularizando o consumo do doce na data.
Outros símbolos da Páscoa
Ovos
Os ovos, como lido acima, representam vida e nascimento. Tradicionalmente, ovos cozidos e coloridos eram presenteados na primavera, precisamente no festival anglo-saxão que celebrava a deusa Ostara.
Outra teoria está relacionada ao jejum praticado nos dias santos. Como não se podia consumir carne ou qualquer produto de origem animal, os ovos eram guardados para serem distribuídos no final dos dias santos, ou seja, no período pascal.
Ramos e palhas
Ramos e palhas são símbolos de vitória. Quando Jesus chegou a Jerusalém montado num burro, foi recebido por uma multidão que cantavam canções e levavam consigo palhas ou ramos para saudar e felicitar o messias.
Assim, no Domingo de Ramos os católicos costumam levar ramos para serem abençoados durante a missa, e em seguida os colocam nas suas casas como forma de proteção religiosa.
Peixe
Simboliza vida e é um alimento tradicionalmente consumido na Sexta-feira Santa. O peixe também está ligado ao milagre da multiplicação dos pães e peixes e aos apóstolos de Jesus, que eram pescadores.
Cordeiro
Representa Jesus Cristo, o “Cordeiro de Deus”, e seu sacrifício pela humanidade. O cordeiro é um símbolo bíblico antigo, presente tanto na Páscoa judaica quanto na cristã.
Círio Pascal
O Círio Pascal é uma vela imponente e branca que representa a ressurreição e a luz de Cristo.
Gravadas nela, as letras gregas alfa e ômega, que são a primeira e a última do alfabeto grego, simbolizam que Jesus é o princípio e o fim de todas as coisas.
Pão e Vinho
Estes elementos são centrais na celebração da Ceia do Senhor e representam o corpo e o sangue de Cristo, respectivamente.
Eles são consumidos durante as celebrações da Semana Santa, especialmente no Domingo de Páscoa.
Cruz
Para os cristãos, a cruz é um emblema de profunda importância, representando o sofrimento, a morte e o sacrifício de Jesus Cristo, bem como a esperança na salvação, a reconciliação com Deus e a comunhão com Cristo.