Certamente, esta é uma pergunta que todas as crianças já fizeram em algum momento de sua infância: por que o céu é azul? E o mais engraçado é que a maioria dos pais está sempre em apuros quando se trata de responder a esse questionamento. A resposta é conhecida há um século e meio e sua explicação costuma ser simples, mas para esclarecê-la é preciso recorrer à ciência.
Na verdade, o primeiro a responder a essa pergunta foi o irlandês e físico John Tyndall. Ele nasceu em 2 de agosto de 1820 em uma pequena cidade em Leighlinbridge.
Ele passou por diversas áreas de estudo e se dedicou a temas como anestesia, mudança climática, esterilização de alimentos, fibra óptica, levitação magnética e o estudo de colóides, mais conhecido como “Efeito Tyndall”.
Por que o céu é azul?
Foi na década de 1860 que Tyndall explicou pela primeira vez a grande questão na Royal Institution em Londres. Nessa época, ele trabalhava como professor de física e já atuava há 30 anos na profissão.
Durante suas investigações sobre os raios infravermelhos do ar, ele realizou experimentos com um tubo de vidro que pretendia simular a atmosfera e uma forte luz branca que imitava a luz do sol.
Nos experimentos realizados, ele pôde observar que, quando a fumaça era introduzida no tubo, o feixe de luz ficava azul de um lado e vermelho do lado oposto.
Portanto, o azul do céu é o resultado da difusão da luz solar através da atmosfera. Se não existisse, uma abóbada celeste seria vista toda preta e as estrelas seriam visíveis em plena luz do dia.
Por que enxergamos apenas essa cor?
A luz branca do Sol é uma mistura de todas as cores do arco-íris. A luz viaja na forma de ondas de diferentes comprimentos. Cada cor tem seu próprio comprimento de onda.
Então a luz viaja em linha reta até atingir um obstáculo que a manda de volta em outra direção. Quando os raios do sol entram na atmosfera, eles encontram as moléculas de ar, gotículas de água e poeira que a compõem.
As moléculas de ar são do tamanho certo para difundir os comprimentos de onda mais curtos da luz, neste caso violeta, índigo e azul; por outro lado, os comprimentos de onda mais longos, como os vermelhos, não são espalhados por essas moléculas de ar. Da mesma forma, a luz também desempenha um papel muito importante na cor do mar.
Por que as cores do céu mudam no entardecer?
Ao pôr do sol, quando o Sol começa a sumir no horizonte, seus raios percorrem uma distância muito maior dentro da atmosfera do que quando brilha diretamente no zênite (o instante em que o Sol está exatamente na vertical em um determinado local).
As maiores partículas suspensas na atmosfera inferior espalham a luz com tanta força que apenas os comprimentos de onda mais longos, vermelho e amarelo, atingem nossos olhos diretamente.
O próprio Sol assume a aparência de uma esfera escarlate, e seus raios, incidentes de um ângulo baixo, mancham a parte inferior das nuvens com cores resplandecentes.
A cor de um pôr do sol (ou nascer do sol) depende da quantidade e tamanho das partículas no ar. Por esta razão, tempestades de poeira e erupções de cinzas vulcânicas muitas vezes criam crepúsculos magníficos longe de onde ocorrem.