O posicionamento do volante no lado direito em veículos é uma característica curiosa que intriga muitos ao redor do mundo.
A “mão inglesa”, como ficou popularmente conhecida, não se limita apenas ao Reino Unido e à Oceania, mas é mantida em 75 países, representando cerca de 34% das nações globais.
A principal razão por trás dessa prática remonta à Idade Média, quando os cavaleiros andavam à esquerda das estradas por questões de combate e proteção. Com o tempo, vários lugares ao redor do mundo adotaram o costume.
Por que, em alguns países, o volante do carro fica no lado direito?
A razão pela qual se conduz pela direita em alguns países e pela esquerda em outros remonta a costumes antigos.
Desde o Império Romano até a Idade Média, os cavaleiros andavam à esquerda para segurar as rédeas com a mão esquerda e a arma com a mão direita, possibilitando uma defesa rápida.
Quando as carruagens puxadas por animais começaram a entrar no trânsito, essa prática se manteve. As carruagens eram conduzidas à esquerda para evitar que os pedestres fossem atingidos pelos chicotes dos cocheiros, que normalmente eram destros.
Assim, dirigir pela direita tornou-se a norma na maior parte do mundo, já que a maioria das pessoas era destra e continuavam a tradição. A Revolução Francesa foi um ponto de virada importante.
Antes de 1789, os nobres dirigiam pela esquerda e os outros pela direita. No entanto, com a revolução e o lema da igualdade, todos passaram a conduzir pela direita, tornando-se lei obrigatória na França e influenciando a maioria dos países europeus.
As colônias britânicas, no entanto, mantiveram o tráfego pela esquerda. Nos Estados Unidos, a mudança para a condução pela direita foi influenciada pela popularidade de carros maiores e mais complexos de conduzir.
Essa prática tornou a condução pela direita mais segura, estabelecendo um padrão que muitos outros países seguiram. Assim, as regras de tráfego e o posicionamento do volante variam de acordo com a história e a evolução cultural de cada região.
Países que utilizam o volante à direita
Na África: Botsuana, Lesoto, Quênia, Maláui, Maurício, Moçambique, Namíbia, Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha.
Na América do Norte: Bermudas.
Na América Central e no Caribe: Anguila, Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Dominica, Granada, Ilhas Cayman, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Jamaica, Monserrate, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia e Trindade e Tobago.
Na América do Sul: Guiana, Ilhas Malvinas e Suriname.
Na Ásia: Bangladesh, Brunei, Butão, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Macau, Malásia, Maldivas, Nepal, Paquistão, Singapura, Sri Lanka, Tailândia, Território Britânico do Oceano Índico e Timor-Leste.
Na Europa: Acrotíri e Deceleia, Chipre, Bailiado de Guernsey, Irlanda, Ilha de Man, Bailiado de Jersey, Malta e Reino Unido.
Na Oceania: Austrália, Fiji, Ilhas Salomão, Ilhas Pitcairn, Kiribati, Nauru, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Samoa e Tonga.