Por que dormir tarde pode fazer mal e atrapalhar sua rotina de estudos?

O ritmo circadiano determina quando o corpo é ativado e a falta de sono pode levar a alterações nesse ciclo e a problemas mais graves. Leia e entenda a seguir.

Todo mundo sabe que dormir tarde leva a efeitos nocivos imediatos, como falta de concentração, diminuição da proatividade, falta de energia e sonolência. No entanto, pouco se sabe sobre os prejuízos a longo prazo que o hábito de dormir pouco pode causar.

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Especialistas afirmam que o ser humano precisa descansar entre 7 e 9 horas por dia, mas boa parte dos adultos não consegue dormir essas horas por causa da correria da vida profissional.

Por isso, é importante saber como funciona o nosso corpo e por que não devemos comprometer as preciosas horas de sono, para manter nossa saúde em dia.

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O sono e a relação com o ritmo circadiano

O sono e o ritmo circadiano estão intimamente relacionados. Este último é um processo interno natural que regula o ciclo sono-vigília, bem como outras funções corporais, como produção de hormônios, digestão e temperatura corporal.

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O ritmo circadiano é controlado por um “relógio mestre” no cérebro, chamado núcleo supraquiasmático (SCN), que responde à luz e à escuridão para regular o tempo dessas funções.

Dessa forma, ele ajuda a controlar o tempo de sono sinalizando a liberação de certos hormônios e neurotransmissores que promovem a vigília ou sonolência em determinados momentos do dia.

Por exemplo, o hormônio melatonina é liberado pela glândula pineal em resposta à escuridão, indicando ao corpo que é hora de dormir. Em contraste, o hormônio cortisol é liberado pela glândula adrenal em resposta à luz, ajudando a manter-nos acordados e alertas durante o dia.

Interrupções no ritmo circadiano, como jet lag e outros transtornos, podem levar a distúrbios de sono, incluindo dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo, bem como fadiga durante o dia e outros problemas de saúde.

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Para ter um horário de sono saudável, é importante manter um ciclo sono-vigília consistente, evitar a exposição à luz forte antes de dormir e praticar bons hábitos de higiene do sono antes de ir para a cama.

Estudo aponta que quem dorme tarde tem maiores chances de morrer

Como você viu acima, a hora de dormir e acordar afeta o ritmo circadiano do corpo que determina os momentos de ativação do organismo. Isso tem consequências para a saúde e, principalmente, para as pessoas que dormem tarde, que podem ter mais chances de morrer por determinadas causas.

Um estudo em mais de 433.000 pessoas, realizado ao longo de seis anos pela British University of Surrey e Northwestern University, foi o que produziu esses resultados.

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A pesquisa, publicada na revista científica Chronobiology International, concluiu que pessoas que tendem a dormir mais tarde aumentam em 10% o risco de morte.

Esses padrões de sono afetam a saúde e estão associados a uma maior possibilidade de sofrer de doenças cardiovasculares, respiratórias e diabetes.

O principal problema apontado pelos pesquisadores é que, no dia a dia, a maioria das atividades e obrigações são realizadas pela manhã, como estudar ou trabalhar.

Desse modo, as pessoas que dormem tarde não descansam o suficiente e isso tem sido associado a um risco aumentado de depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental.

Essas condições podem atrapalhar ainda mais sua rotina de estudos e impactar negativamente seu bem-estar geral.

Dormir tarde também atrapalha sua rotina de estudos

Por fim, vários estudos determinaram que os adolescentes não dormem o suficiente, seja porque têm horários sobrecarregados ou porque passam muito tempo em seus celulares enviando mensagens ou navegando nas redes sociais até altas horas da madrugada.

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Se passarem várias noites sem dormir o suficiente, podem sofrer de um déficit de sono, o que afeta a sua capacidade de concentração na escola ou trabalho.

Isso é o que define o estudo da UCM, que analisou os padrões de sono, as capacidades cognitivas e os resultados acadêmicos de quase 800 jovens entre os 12 e os 16 anos.

A investigação concluiu que quanto maior a irregularidade do sono, piores são os rendimentos escolares, e, portanto, nota-se um desempenho inferior em habilidades cognitivas verbais, espaciais, de raciocínio e numéricas.

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