O hífen é um dos tipos de sinais gráficos representado por um traço e tem a função de ligar termos. No entanto, seu uso nem sempre é tão simples assim.
Isso porque existem algumas regras que determinam quando dois elementos precisam ser ligados por hífen ou não. Além disso, algumas palavras também mudam a grafia ao longo do tempo devido às reformas ortográficas.
Assim, é comum que termos que antes não eram escritos com hífen passem a ser ou vice-versa. Essas mudanças podem gerar ainda mais confusão sobre a grafia correta.
Um exemplo que costuma levantar dúvidas é “papel toalha” ou “papel-toalha”. Neste artigo, você vai entender de uma vez por todas qual é a forma correta da escrita do produto. Prossiga a leitura!
“Papel toalha” ou “papel-toalha”?
Mas, afinal de contas, a grafia correta é “papel toalha” ou “papel-toalha”? Já adiantamos que sim, o termo se escreve com hífen.
Por que isso acontece? Porque é um substantivo composto, isto é, une duas palavras que têm função de substantivo. Veja alguns exemplos de frases com “papel-toalha”:
- O papel-toalha acabou, preciso ir ao mercado para comprar mais;
- Fernanda tirou as batatas do óleo quente e escorreu no papel-toalha;
- Limpei a bancada com álcool e papel-toalha.
Outras palavras seguem a mesma regra de papel-toalha, ou seja, são substantivos compostos e, por isso, exigem o hífen, como:
- papel-cartão;
- papel-manteiga;
- papel-alumínio;
- papel-filtro;
- papel-moeda;
- papel-jornal.
Alguns termos que unem duas palavras podem gerar uma certa confusão, como o caso de “papel laminado”, que não se escreve com hífen.
Isso acontece porque não se trata de um substantivo composto, já que “laminado” é um adjetivo, que caracteriza o tipo do papel. Confira outros exemplos para entender melhor:
- papel acetinado;
- papel higiênico;
- papel fotográfico;
- papel adesivo;
- papel picado;
- papel brilhoso.
Regras gerais do hífen
O uso do hífen conta com diversas regras e também há algumas exceções dentro delas. Vamos relembrar algumas das principais normas do sinal gráfico:
Substantivo composto
Como já adiantamos, o hífen costuma ser usado nos casos de substantivo composto, seja por justaposição, como “palavra-chave”, por repetição, como em “reco-reco”, ou em nomes de espécies de plantas ou animais, como “beija-flor”.
Derivação prefixal
Quando ocorre derivação prefixal, ou seja, une-se um prefixo a outro elemento, é necessário empregar o hífen em alguns casos, são eles:
- Quando o segundo termo começa com a letra “H”, como “super-homem” e “anti-herói”;
- Quando o prefixo termina com a mesma vogal do segundo termo, como “micro-ondas” e “anti-impacto”. Vale salientar que o prefixo “co” é uma exceção a essa regra. Podemos citar o exemplo de “coordenação”;
- O mesmo acontece quando a última letra do prefixo é uma consoante igual à primeira letra do segundo elemento, como “inter-racial” e “hiper-realista”;
- O prefixo “sub” seguido de uma palavra que começa com “R” também exige o hífen, como “sub-região”;
- Quando temos os prefixos “pan” e “circum” seguidos de termos que se iniciam com “M”, “N” ou alguma vogal, como em “pan-americano” e “circum-navegação”;
- Os prefixos “além”, “aquém”, “ex”, “pós”, “pré”, “sem”, “recém” e “pró” pedem o uso do sinal gráfico independente do termo que os sucede, como “ex-namorado” e “recém-formado”.
Colocação pronominal
O sinal gráfico é necessário nos casos de colocação pronominal para ligar o verbo e o pronome oblíquo átono, veja:
- “esforçar-me-ei” – mesóclise;
- “deram-me” – ênclise.
União de termos que transmitem um conceito
O hífen também é usado para unir elementos que expressam um conceito, uma distância, entre outras coisas, como em “ponte Rio-Niterói” ou “eixo Rio-São Paulo”.
Por fim, é importante ressaltar que o sinal gráfico também pode ser usado para separar sílabas quando uma palavra inteira não cabe na mesma linha. Só é necessário tomar cuidado com as regras de separação silábica.