O sobrenome mais comum do mundo, segundo estudos

Conforme os registros históricos, os sobrenomes tornaram-se essenciais para organizar sociedades cada vez mais complexas e diversificadas.

Os sobrenomes são como marcas que carregamos através das gerações, revelando origens, migrações e até mesmo profissões ancestrais. Eles funcionam como um elo entre o passado e o presente, ajudando a desvendar histórias pessoais e coletivas.

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Enquanto Silva e Souza são amplamente conhecidos no Brasil, um estudo conduzido pela empresa NetCredit mapeou os sobrenomes mais frequentes em cada país e descobriu qual é o sobrenome mais comum do planeta.

Qual é o sobrenome mais comum do mundo?

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O sobrenome Wang é considerado o mais comum do mundo, conforme o mapa da NetCredit, com maior prevalência na China e em outras regiões do Leste Asiático.

Estima-se que mais de 100 milhões de pessoas carreguem esse sobrenome, o que reflete sua profunda raiz histórica e cultural na sociedade chinesa.

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O termo “Wang” pode ser escrito com diferentes caracteres, mas geralmente está associado a significados como “rei” ou “monarca”, reforçando sua ligação com conceitos de nobreza e autoridade.

Além da China, o sobrenome também é encontrado em países como Coreia do Sul e Vietnã, embora com variações na escrita e na pronúncia.

Sobrenomes populares por continente

1. África

Na África, o sobrenome Mohamed lidera a lista, com cerca de 7,5 milhões de pessoas. Outras variações, como Ahmed, Ibrahim e Ali, também são muito comuns, refletindo a forte influência islâmica no continente.

Esses nomes têm origens árabes, trazidas por meio do comércio e da expansão religiosa ao longo dos séculos.

2. Ásia

Na Ásia, Wang e Li dominam como os sobrenomes mais frequentes, especialmente na China, devido à sua enorme população.

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Na Coreia, Kim e Lee são predominantes, enquanto na Índia, Devi é o mais popular. Já no Vietnã, Nguyen é amplamente difundido, mostrando a diversidade cultural da região.

3. Europa

Na Europa, García é o sobrenome mais comum, especialmente na Espanha, seguido por Müller, frequente em países de língua alemã.

Nomes de família como Rodriguez e Fernandez também aparecem entre os mais populares, enquanto no Reino Unido, Smith e Jones são os preferidos, refletindo ocupações e origens históricas.

4. América

Na América do Norte, sobrenomes hispânicos como Hernández, García e López são os mais comuns, devido à forte presença espanhola no México e na América Central.

Nos EUA e no Canadá, Smith lidera, seguido por Johnson e Williams, herdados da colonização britânica. Já na América do Sul, sobrenomes portugueses como da Silva, dos Santos e Pereira são os mais populares, especialmente no Brasil.

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Sobrenomes como Ferreira e Alves também têm origens ocupacionais ou geográficas, mostrando a herança lusitana na região.

5. Oceania

Na Oceania, sobrenomes como John, Smith e Peter são frequentes, especialmente na Austrália e na Nova Zelândia, onde muitos povos indígenas adotaram sobrenomes baseados em nomes próprios europeus.

Quando as pessoas começaram a usar sobrenomes?

A origem dos sobrenomes está profundamente ligada à necessidade de distinguir indivíduos em sociedades em crescimento.

Inicialmente, os primeiros registros de sobrenomes surgiram na China, por volta do terceiro milênio a.C., onde nomes matrilineares eram comuns antes da transição para a linhagem patrilinear durante a dinastia Shang.

Outras culturas antigas, como a grega e a romana, também desenvolveram sistemas de identificação baseados em clãs e famílias, como o tria nomina dos romanos, que incluía o praenomennomen e cognomen.

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Esses sistemas refletiam a importância da identidade familiar e da herança, especialmente em contextos legais e sociais.

Na Europa, a popularização dos sobrenomes ganhou força após a Conquista Normanda da Inglaterra em 1066, embora exemplos isolados, como o irlandês Ó Cléirigh, já existissem desde o século X.

Sobrenomes como Baker, Armstrong ou Johnson surgiram de ocupações, características físicas ou patronímicos (indicando filiação paterna).

A padronização só se consolidou entre os séculos XV e XVI, com registros paroquiais e a necessidade de documentação precisa para impostos e propriedades.

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