Se pudéssemos voltar 4,6 bilhões de anos no tempo, não encontraríamos um chão onde pisar. Em vez disso, observaríamos o colapso de uma imensa nuvem de gás e poeira cósmica como resultado dos efeitos da força da gravidade, que culminaria no nascimento do nosso Sistema Solar. E depois, o que viria primeiro: o Sol ou a Terra?
Antes de responder, devemos entender como é a formação do Sistema Solar. Os cientistas propõem que este processo começa com o colapso de uma nebulosa, desencadeado por explosões de estrelas próximas.
A gravidade e a eletricidade estática fazem com que partículas de gás e poeira se unam, formando aglomerados. Eventualmente, uma estrela se forma no centro e o material remanescente se organiza em um disco protoplanetário, onde os planetas nascem.
O Sol veio primeiro que a Terra?
Um estudo liderado pela doutora María Lugaro e pelo professor Alexander Heger, da Universidade Monash, na Austrália, trouxe mais informações acerca do nascimento do Sol.
A equipe utilizou a radioatividade para datar a última vez que elementos pesados, como ouro, prata, platina, chumbo e outros, foram adicionados à matéria do sistema solar pelas estrelas que os produziram.
Os resultados mostraram que o último 1% de ouro, prata e platina foi adicionado à matéria do sistema solar aproximadamente 100 milhões de anos antes do nascimento do Sol. Já o último 1% de chumbo e elementos de terras raras foi anexado muito mais tarde, no máximo 30 milhões de anos antes do nascimento do astro-rei.
Isso significa que o Sol nasceu após a última adição de elementos pesados ao sistema solar. A matéria entrou então num período de “incubação”, durante o qual se formou o berçário estelar (uma nuvem molecular), onde nasceu o Sol juntamente com uma série de outras estrelas.
Depois disso, um vasto disco de material permaneceu ao redor do Sol por cerca de 100 milhões de anos, do qual eventualmente se originaram os planetas do sistema solar, incluindo a Terra.
Quais são as partes do Sistema Solar?
O sistema solar é composto por várias partes, mas a maioria dele é espaço vazio. No entanto, há muitos objetos que orbitam ao redor do Sol devido à sua gravidade.
O Sol, uma estrela do tipo G, também conhecida como anã amarela, está no centro do sistema solar e é a parte mais importante, com cerca de 4,6 bilhões de anos e representando 99,86% da massa total do sistema solar. Os planetas são os próximos objetos mais significativos e podem ser divididos em duas categorias: interiores e exteriores.
Os planetas interiores, como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, são menores e compostos de rocha e metal, enquanto os planetas exteriores, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são maiores e compostos principalmente de gás, conhecidos como gigantes gasosos e gigantes de gelo.
Além deles, o sistema solar também inclui cinco planetas anões: Ceres (localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter), Haumea, Makemake e Éris (localizados no cinturão de Kuiper), e Plutão.
Já o cinturão de asteroides, situado entre as órbitas de Marte e Júpiter, contém muitos pequenos objetos de rocha e gelo, e o cinturão de Kuiper, além de Netuno, abriga uma vasta quantidade de objetos menores.
Por fim, a nuvem de Oort, ainda mais distante, é uma região esférica cheia de objetos congelados que circundam o sistema solar.