Muitas vezes, a satisfação e o bem-estar são descritos como uma simples questão de química, das moléculas que circulam a cada momento por nosso cérebro e vasos sanguíneos. Embora a realidade seja mais complexa, é inegável que a atividade dos chamados “hormônios da felicidade” desempenha um papel fundamental em nossos estados emocionais.
Veja quais são eles e entenda como afetam o humor, os níveis de estresse ou a sensação de dor.
O que são os hormônios da felicidade?
No corpo, diversas substâncias regulam constantemente sua função. Notavelmente, os neurotransmissores, originários do sistema nervoso, e os hormônios, produzidos pelas glândulas, são cruciais nesse processo.
Os neurotransmissores facilitam a comunicação entre neurônios, permitindo que os impulsos nervosos alcancem todo o corpo. Por sua vez, os hormônios circulam pelo corpo via corrente sanguínea, exercendo efeitos específicos nos órgãos e coordenando suas ações. Algumas substâncias podem atuar como hormônios e neurotransmissores simultaneamente, conforme sua localização.
Os hormônios são mensageiros químicos produzidos por várias glândulas do corpo, como a tireoide, as glândulas adrenais (localizadas nos rins) e o pâncreas. Seus efeitos são notavelmente influentes na saúde, regulação do apetite e até no humor, sendo que alguns deles podem rapidamente alterar nosso estado emocional, como os “hormônios da felicidade”, que incluem:
Endorfina
As endorfinas, muitas vezes chamadas de “morfina natural”, são conhecidas por seu efeito analgésico e por sua relação com a prática esportiva. Esses hormônios atuam como um anestésico no cérebro, reduzindo a percepção da dor e até a eliminando em situações de tensão extrema. Elas não apenas aliviam a dor física, mas também estão ligadas a sensações de prazer e bem-estar.
Serotonina
Este hormônio é considerado o mais importante para induzir um estado subjetivo de bem-estar e melhorar o ânimo. Baixos níveis de serotonina estão associados à depressão e outros transtornos. Além de influenciar o humor, ela também está relacionada à regulação da saciedade e dos movimentos intestinais.
Dopamina
Conhecida como o “hormônio do amor” e o centro do prazer, a dopamina está ligada ao sistema de recompensa do cérebro. Ela nos motiva a repetir ações que nos proporcionam satisfação, mas níveis excessivamente altos estão associados a transtornos mentais, como a esquizofrenia. Consumir alimentos ricos em antioxidantes e partes escuras de bananas pode aumentar os níveis de dopamina.
Ocitocina
A ocitocina é conhecida como o “hormônio do abraço” e é crucial para estabelecer vínculos afetivos e relações pessoais próximas. Além de estar relacionada ao orgasmo, ela ajuda na promoção de vínculos emocionais duradouros. Também é responsável por sentimentos de paz de espírito, redução de estresse e ansiedade, empatia e sensação de pertencimento a um grupo social.