O mais antigo de todos: qual foi o primeiro planeta do Sistema Solar a existir?

Cientistas da Universidade de Münster dataram com precisão a formação do planeta mais antigo do Sistema Solar por meio de amostras de detritos espaciais.

O Sistema Solar surgiu há cerca de 4,7 bilhões de anos, originado de uma nuvem de gás e poeira que, ao se comprimir, deu início à formação do Sol. Após o surgimento da estrela, os planetas começaram a se formar a partir do material restante em sua órbita.

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Estudos indicam que o primeiro planeta a se consolidar surgiu aproximadamente 1 milhão de anos após o nascimento do Sol, quando ele ainda era uma protoestrela, sem reações termonucleares em seu núcleo.

Qual é o planeta mais antigo do Sistema Solar?

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Júpiter é considerado o planeta mais antigo do Sistema Solar, de acordo com pesquisadores da Universidade de Münster. Em 2017, a equipe de cientistas revelou que o gigante gasoso começou a se formar há aproximadamente 4,5 bilhões de anos.

Essa descoberta foi possível graças à análise de meteoritos, já que não há amostras diretas de Júpiter para medições precisas.

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estudo, publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences“, mostrou que Júpiter atingiu um tamanho equivalente a 20 vezes a massa da Terra em um período extremamente curto.

Crescimento ‘rápido’

Em menos de quatro milhões de anos, o planeta já havia acumulado a maior parte de sua massa total. Esse processo acelerado confirma modelos teóricos que previam um desenvolvimento rápido, mas que antes eram considerados incertos.

Em comparação, a Terra levou cerca de 100 milhões de anos para se formar, sendo significativamente menor que Júpiter, que possui 380 vezes a massa do nosso planeta. Essa diferença ressalta a importância do gigante gasoso na estruturação inicial do Sistema Solar.

Para determinar a idade de Júpiter, os pesquisadores analisaram meteoritos provenientes do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.

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Eles identificaram duas populações distintas de meteoritos, originárias de regiões diferentes do Sistema Solar: uma dentro e outra além da órbita de Júpiter. A presença de material além da órbita de Júpiter em meteoritos foi uma descoberta inédita e surpreendente.

Utilizando a composição isotópica dos meteoritos como uma “impressão digital”, os cientistas conseguiram traçar a história da formação de Júpiter e seu papel na divisão do Sistema Solar em duas regiões distintas.

Características de Júpiter

CaracterísticaDescrição
Diâmetro equatorial142.984 km
Área da superfície6,14 x 1010 km²
Massa1,899 x 1027 kg
Distância do Sol778.330.000 km
Satélites naturaisMais de 80, incluindo as Luas Galileanas (Ganímedes, Calisto, Io e Europa)
Período de rotação~10 horas
Período de translação~12 anos
Temperatura média-121,1 °C
Composição atmosférica86% hidrogênio, 14% hélio, traços de metano, amoníaco, vapor d’água e sulfureto de hidrogênio
Significado do nomeNomeado em homenagem ao deus romano Júpiter, equivalente a Zeus na mitologia grega
Características visíveisNuvens coloridas devido a tempestades intensas, como a Grande Mancha Vermelha
Campo magnéticoMuito mais forte que o da Terra, influenciando sua grande quantidade de satélites
Estrutura internaPossivelmente um núcleo sólido e rochoso, cercado por hidrogênio metálico e uma camada de hidrogênio líquido/gasoso
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Curiosidades sobre Júpiter

🌖 Júpiter possui diversas luas

Júpiter possui 80 luas conhecidas, formando um sistema complexo ao seu redor. Enquanto 57 luas já têm nomes oficiais, 23 ainda aguardam identificação.

As quatro maiores, descobertas por Galileu Galilei em 1610, são Io, Europa, Ganimedes e Calisto, cada uma com características únicas, como vulcanismo ativo e tamanho impressionante.

🔭 Júpiter é observado há séculos

As primeiras observações detalhadas de Júpiter foram feitas por Galileu Galilei em 1610, marcando um marco na astronomia. Desde então, missões como a sonda Juno, da NASA, continuam a estudar o planeta, revelando segredos sobre sua atmosfera e estrutura interna.

⚡ Júpiter tem tempestades gigantescas

A atmosfera de Júpiter é marcada por tempestades intensas, incluindo a famosa Grande Mancha Vermelha, que dura séculos. Ventos podem atingir até 600 km/h, e as tempestades variam em duração, desde horas até centenas de anos.

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