Por séculos, lendas descreveram um monstro marinho com tentáculos capazes de afundar navios. Na vida real, um certo animal que habita as águas do Pacífico se destaca como o maior molusco do mundo, pesando até 70 kg.
Ele se destaca por sua inteligência, habilidades de caça e comportamento solitário. Com tentáculos que podem atingir 4,3 metros, ele é o maior de sua espécie. Sua dieta inclui crustáceos, peixes e até polvos menores.
Qual molusco possui 9 cérebros, 3 corações e sangue azul?
O polvo-gigante-do-Pacífico é nativo do Oceano Pacífico Norte, podendo ser encontrado dos Estados Unidos ao Japão. Foto: Reprodução / Pixabay
O polvo-gigante-do-Pacífico (Enteroctopus dofleini) é um molusco intrigante que chama a atenção por suas características únicas. Ele possui 9 cérebros — um central e oito menores, um em cada braço —, o que explica sua incrível inteligência e habilidades de resolução de problemas.
Além disso, conta com 3 corações: dois bombeiam sangue para as brânquias, enquanto o terceiro circula o sangue pelo corpo.
Outra curiosidade impressionante é o seu sangue azul, resultado da presença de hemocianina, uma proteína rica em cobre que transporta oxigênio, adaptando-o a ambientes frios e com baixo teor de oxigênio.
Polvo-gigante-do-Pacífico: características, habitat e mais
| Características do polvo-gigante-do-Pacífico |
|---|
| 📏 Comprimento: até 16 pés (5 metros de envergadura) |
| 📦 Peso: 15-70 kg |
| ⌛ Expectativa de vida: 3-5 anos |
| 🍖 Dieta: carnívoro |
| 🌍 Estado de conservação: pouco preocupante |
| 🌊 Habitat: Oceano Pacífico Norte, sendo encontrado no Alasca, Canadá, Japão e águas costeiras dos EUA |
Aparência
O polvo-gigante-do-Pacífico é uma criatura impressionante, com até cinco metros de envergadura e peso de até 70 kg. Sua coloração varia de tons de rosa, azul e verde até marrom ou cinza, dependendo do ambiente e do humor.
Sua cabeça bulbosa, oito braços fortes revestidos de ventosas e olhos grandes e expressivos completam sua aparência única.
Habitat
O polvo-gigante-do-Pacífico é nativo do Oceano Pacífico Norte, sendo encontrado desde o Alasca e Canadá até o Japão e a costa oeste dos Estados Unidos.
Eles preferem habitats rochosos, florestas de algas e outras áreas que oferecem proteção e abundância de alimentos. Esses animais são moradores do fundo do mar, criando tocas em fendas rochosas ou sob grandes pedras.
Eles são mais ativos durante a noite, quando saem para caçar, utilizando sua excelente visão e olfato para localizar presas. Apesar de seu tamanho, são difíceis de avistar devido à sua habilidade de se camuflar.
Alimentação
A dieta do polvo-gigante-do-Pacífico é variada e inclui crustáceos como caranguejos, camarões, lagostas e moluscos, além de peixes e até mesmo outros polvos menores.
Eles são predadores oportunistas, usando seus braços fortes e ventosas para capturar e segurar suas presas. Na natureza, eles caçam principalmente à noite, utilizando a camuflagem para se aproximar das presas sem serem detectados.
Reprodução
O ciclo reprodutivo desse animal também marca o fim de sua vida relativamente curta, que dura de 3 a 5 anos. Após a fertilização, a fêmea põe mais de 100.000 ovos.
Durante os meses de incubação, a fêmea dedica-se exclusivamente a cuidar dos ovos, ventilando-os com seus braços para garantir oxigenação adequada e protegendo-os de predadores.
Após a eclosão, os filhotes, chamados paralarvas, flutuam nas correntes oceânicas por semanas antes de se estabelecerem no fundo do mar.
Ameaças
Apesar de seu tamanho e inteligência, o polvo-gigante-do-Pacífico enfrenta várias ameaças. Predadores naturais, como grandes tubarões, baleias e lontras marinhas, representam riscos, mas as atividades humanas são as maiores preocupações.
A pesca comercial, a destruição de habitats e a poluição oceânica impactam significativamente suas populações. Sua curta vida útil e lenta taxa de reprodução os tornam especialmente vulneráveis a declínios populacionais.
A conservação marinha, incluindo práticas de pesca sustentáveis e a proteção de habitats, é essencial para garantir a sobrevivência desses animais e a saúde dos ecossistemas oceânicos que habitam.
