Novo planeta pode ter sido encontrado no Sistema Solar

A descoberta foi publicada no The Astronomical Journal, com assinatura de um pesquisador brasileiro e outro japonês

Um novo estudo publicado no fim de 2023 no The Astronomical Journal apresenta a possibilidade de um novo planeta no Sistema Solar. A pesquisa foi realizada pelos astrônomos Patryk Sofia Lykawka, estudioso brasileiro, e Takashi Ito, estudioso japonês.

Para chegar a essa conclusão, foram estudadas as órbitas dos objetos localizados além do planeta Netuno, especificamente no Cinturão de Kuiper. A possibilidade está sendo analisada por pares, incluindo a NASA. Entenda mais a seguir.

Existe outro planeta no Sistema Solar?

Os astrônomos identificaram o novo planeta além de Netuno, na região do Cinturão de Kuiper. A análise mostrou que se trata de um corpo celeste similar à Terra com órbitas peculiares, localizado nos limites do Sistema Solar.

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Essa região fica a cerca de 30 unidades astronômicas, o que equivale a 150 milhões de quilômetros com base na distância aproximada entre a Terra e o Sol. Vale lembrar que após Netuno estão rochas geladas e planetas-anões.

Os principais identificados são Plutão, Quaoar, Orcus e Makemake. Esse novo estudo abre a possibilidade para a existência de um planeta verdadeiro, além dessas formações geológicas e astronômicas.

De acordo com os resultados do estudo, esse novo planeta seria 1,5 vezes maior que o planeta Terra. Em comparação, Plutão tem 18% do tamanho do nosso planeta, o que significa que essa descoberta trata de um corpo celeste de maior dimensão. 

Em entrevista à agência de notícias da Unisinos, o pesquisador brasileiro revelou que as simulações atuais do Sistema Solar não explicam as propriedades encontradas nesse suposto novo planeta. Portanto, mais investigações são necessárias. 

Agora, para confirmar definitivamente a existência de um décimo planeta, é necessário que os cientistas o encontrem no Sistema Solar. Após a publicação do artigo, ambos continuam analisando os objetos localizados no Cinturão de Kuiper. 

Nessas análises, espera-se encontrar algum tipo de perturbação na órbita natural. Esse é o principal indicativo de que existe um corpo celeste de maior massa interrompendo os movimentos, como o planeta que foi identificado na pesquisa. 

Para chegar a resultados definitivos, o pesquisador brasileiro envolvido na descoberta pretende realizar novas simulações para aprimorar os resultados. Sobretudo no que se refere à massa e órbita desse novo planeta. 

O que diz a NASA?

Em um vídeo oficial publicado no site da instituição de pesquisa, o Diretor de Ciência Planetária revelou que as informações do artigo marcam o início de uma série de explorações importantes. No entanto, não é a confirmação oficial de um novo planeta.

Mesmo com as descobertas preliminares, a NASA aponta que ainda é muito cedo para confirmar uma nova estrutura no Sistema Solar que conhecemos. No momento, trata-se de uma previsão inicial baseada nos modelos de observações limitadas.

Acima de tudo, a agência acredita que teorias e pesquisas como essas são fundamentais para estimular novas ideias e discussões importantes sobre as descobertas astronômicas.

A partir dessa informação inicial, são seguidos alguns princípios enunciados pelo pesquisador Carl Sagan:

  • Confirmação independente dos fatos;
  • Busca por explicações alternativas;
  • Encorajamento do debate científico.

Isso significa que as investigações podem confirmar a existência de um novo planeta, mas também gerar uma interpretação alternativa para os dados acumulados até o momento. De qualquer modo, mais estudos são necessários para concluir esse caso.