A Academia Brasileira de Letras (ABL) incluiu o termo “grafeno” no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), reconhecendo oficialmente seu uso no Brasil.
A atualização reflete a constante evolução da língua, que incorpora palavras usadas cotidianamente, mesmo que não tenham sido consideradas oficiais até então.
Com essa adição, “grafeno” se junta às aproximadamente 400 mil palavras já catalogadas no Volp, cuja primeira edição data de 1982.
Ao contrário de um dicionário, o Volp tem a função principal de listar as palavras e consolidar sua grafia correta, além de classificá-las segundo gênero e categoria morfológica.
O que significa “grafeno”?
O grafeno é uma forma cristalina de carbono descoberta pelos físicos Andre Geim e Konstantin Novoselov em outubro de 2004, na Universidade de Manchester.
Essa descoberta imortalizou seus nomes no mundo da ciência e rendeu-lhes o Prêmio Nobel da Física em 2010.
O grafeno é composto por uma camada única de átomos de carbono organizados em um padrão hexagonal, o que lhe confere propriedades excepcionais. Ele é 200 vezes mais duro que o aço, 5 vezes mais leve que o alumínio e também é extremamente flexível.
Essas propriedades fizeram com que o grafeno fosse considerado “o material do futuro” quando sua descoberta foi publicada. Inicialmente, houve um grande entusiasmo em torno das suas possibilidades de aplicação em diversos campos.
Ele tem ganhado terreno recentemente em áreas como medicina e energia. Avanços recentes mostram que o grafeno pode inaugurar uma nova era tecnológica, com aplicações inovadoras em diferentes indústrias.
Hoje, o material é utilizado na fabricação de pneus de carros e bicicletas mais resistentes, baterias e supercapacitores que permitem tempos de carregamento mais rápidos e maior vida útil.
Também é usado em dispositivos eletrônicos de última geração, como telas flexíveis e peças de drones.
Na medicina, a tecnologia de grafeno já possibilitou avanços como a ressecção precisa de tumores cerebrais, marcando um precedente para o uso de dispositivos desse material no corpo humano, substituindo até mesmo o aço e o titânio em certos casos.
Outras palavras adicionadas ao Volp
Dorama
Os doramas são séries de televisão originárias de países asiáticos, especialmente Japão, Coreia do Sul, China e Taiwan. Eles possuem curta duração em comparação com as séries ocidentais, geralmente variando entre 10 a 20 episódios por temporada.
A narrativa costuma ser intensa e focada, com um enredo que se desenvolve rapidamente.
Os doramas ganharam popularidade mundial graças à globalização e à crescente acessibilidade das plataformas de streaming. Eles oferecem entretenimento, bem como proporcionam uma janela para a cultura e os costumes dos países asiáticos.
Subcelebridade
Uma subcelebridade é uma pessoa que ganha algum nível de reconhecimento ou notoriedade pública, mas não alcança o mesmo grau de fama que uma celebridade de renome.
Subcelebridades podem surgir em diversos contextos, como reality shows, mídias sociais, participações em programas de televisão ou pequenos papéis em filmes. Muitas vezes, elas são conhecidas por um público específico ou em nichos de mercado.
Bibliosmia
Bibliosmia é o termo usado para descrever o prazer ou a afeição pelo cheiro dos livros. Esse aroma específico dos livros é resultado da interação entre os compostos químicos do papel e a tinta ao longo do tempo.
Cientificamente, esse aroma característico é uma combinação de centenas de compostos orgânicos voláteis (VOCs) liberados pelo papel e pelos adesivos usados na encadernação.
Esses compostos podem incluir notas de baunilha, amêndoas e até café, dependendo dos materiais e do ambiente onde os livros foram armazenados.