Neste país, ano dura 13 meses – e a população ainda está em 2017

Ao contrário do Brasil e da maioria das nações do mundo que já entrou em 2025, há um certo país africano cujo calendário atual se encontra no ano de 2017.

Viajar no tempo pode não ser só coisa de filme — e um país africano é a prova disso. Enquanto grande parte do mundo marca o ano atual em 2025, os habitantes dessa nação vivem em 2017.

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Eles seguem um calendário que desafia a lógica global: o ano tem 13 meses, cada um com 28 dias. A diferença não é um erro, mas uma tradição cultural enraizada, que mantém o país em um curioso “loop temporal”.

Qual país ainda está em 2017?

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Porque a Etiópia está em 2017, é verdade que na Etiópia ainda é 2017, qual calendário tem 13 meses, quantos meses tem o país Etiópia.

A Etiópia celebra o Ano Novo no mês de setembro, conforme o seu calendário peculiar que situa o país em 2017. Foto: Reprodução / Pexels

O país que ainda está em 2017 é a Etiópia. Enquanto o Brasil e grande parte do mundo seguem o calendário gregoriano, que atualmente marca o ano de 2025, a Etiópia utiliza um sistema de contagem de tempo próprio, baseado em tradições antigas e na Igreja Ortodoxa Etíope.

A principal diferença está na datação do nascimento de Jesus Cristo, que, no calendário etíope, é calculado oito anos depois do que no calendário gregoriano.

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Isso faz com que este país africano ainda esteja em 2017. Além disso, o calendário etíope também possui uma estrutura única em relação aos meses.

Enquanto o calendário gregoriano tem 12 meses, o etíope possui 13 meses, sendo que os 12 primeiros têm 30 dias cada, e o décimo terceiro mês, chamado “Pagumē”, tem apenas 5 ou 6 dias, dependendo do ano.

Outro aspecto distinto é a celebração do Ano Novo Etíope, conhecido como Enkutatash que, por lá, ocorre em setembro.

Apesar de seguir seu próprio método de contagem de tempo para fins culturais e religiosos, a Etiópia também adota o calendário gregoriano em contextos internacionais, como comércio exterior e relações diplomáticas, para facilitar a sincronização com o resto do mundo.

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Sistema de horas também é diferente

Além do calendário peculiar, a Etiópia também possui um sistema de horário que difere do padrão internacional.

Enquanto a maior parte do mundo segue um relógio de 24 horas, com o dia começando à meia-noite, a Etiópia utiliza um sistema de 12 horas dividido em dois períodos: do nascer ao pôr do sol e do pôr do sol ao nascer do sol.

A adaptação a esses dois sistemas de tempo varia conforme a região. Em áreas rurais, onde a influência ocidental é menor, muitos habitantes seguem exclusivamente o sistema tradicional de 12 horas.

Já nas cidades, onde a globalização é mais presente, a coexistência dos dois formatos é comum, exigindo que os etíopes estejam familiarizados com ambos.

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País nunca foi colonizado

Para além do seu calendário único, a Etiópia se destaca por sua rica história, sendo considerada o berço da humanidade e um dos poucos países africanos nunca colonizados. A Etiópia nunca foi colonizada devido à sua resistência militar e diplomacia astuta.

No final do século XIX, a Itália tentou dominar o país, mas o imperador Menelik II, após um acordo inicial que favorecia os italianos, rejeitou o tratado ao perceber que ele ameaçava a soberania etíope.

Em 1896, na Batalha de Adwa, as forças etíopes, bem armadas e organizadas, derrotaram os italianos, marcando a primeira vitória de uma nação africana sobre uma potência colonial europeia.

Essa vitória consolidou a Etiópia como símbolo de resistência e independência, inspirando movimentos pan-africanos e fortalecendo sua identidade como um país nunca subjugado.

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Combinando modernidade e tradição, a nação oferece uma experiência fantástica, onde cultura, tempo e história se entrelaçam de maneira singular. Para quem busca um destino incomum, visitar a Etiópia é como viajar no tempo — ou seja, voltar até o ano de 2017.

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