Sentir dúvida ao precisar lidar com determinados conceitos da Língua Portuguesa é um problema que afeta boa parte de seus falantes diariamente. Afinal, sendo tão vasta, fazer confusão uma ou outra vez ao relembrar regras da gramática é comum, e um exemplo ideal para esse tipo de confusão é o uso de “nem” ou “e nem”: descobrir a forma correta, porém, é muito mais simples do que parece.
O português não precisa e nem deve ser tratado como um desafio. Para resolvê-lo, na maioria das vezes, basta conhecer o significado por trás de termos e expressões. Para entender melhor sobre o assunto, confira abaixo de que forma escrever ou falar “nem” ou “e nem”.
“Nem” ou “e nem”?
A conjunção “nem” significa “e não”, “e ninguém”, “e nunca” e “e sem”. Dessa forma, o “e” já está pressuposto em “nem” e, na linguagem escrita, ser o mais objetivo e conciso possível é recomendado, ou seja, utilizar sempre menos palavras para expressar o que é pretendido. Isso significa que não há necessidade de usar “e nem”, muito menos “e não”, caso já exista o “nem” para indicar tal sentido.
Por sua vez, na linguagem falada, a construção “e nem” é extremamente comum, e ajuda a realçar a negatividade da frase, como em “Minha irmã não me entregou o papel e nem me avisou”. Contudo, é preciso lembrar que, mesmo que na comunicação falada o detalhe funcione, ele está gramaticalmente errado e é desnecessário.
Uso adequado de “nem”
Confira abaixo alguns exemplos com o uso adequado de “nem”:
- Minha filha tomou a vacina sem chorar nem reclamar da dor.
- Meu pai foi viajar para a casa dos meus avós sem me contar nem avisar o resto da família.
- Estava tão cansada que deitou sem tirar a roupa de festa nem tomar banho.
- Você vai ficar aqui e fazer seu dever de casa sem reclamar nem se dispersar.