A acentuação ainda é um dos tópicos que mais causa dúvidas nos falantes da Língua Portuguesa. Por ser tão vasta, é comum que a gramática não seja dominada por completo, e determinadas regras, por passarem por algumas alterações, podem criar algumas confusões. Para tornar o assunto mais fácil, porém, é essencial se ater a certas regras de acentuação, evitando erros em momentos cruciais, como em redações e no trabalho.
Quando se fala em acentuação, é importante manter o foco nas novas regras ortográficas do português, que entraram em voga em 2009. Mudanças implicam em adequação, e mesmo que já façam alguns anos desde que foram instituídas, essas alterações ainda não são do conhecimento de todos.
Seja como for, para aprender esse assunto de uma vez por todas, confira abaixo 5 regras da acentuação essenciais para não errar mais na redação ou no ambiente profissional.
5 regras da acentuação para não errar mais em suas redações
Antes de conferir algumas regras de acentuação, entender o conceito da tonicidade é essencial. A acentuação tônica é baseada na intensidade da pronúncia de sílabas das palavras. A que é pronunciada de forma mais acentuada é chamada de sílaba tônica, e as demais, com menos intensidades, são denominadas átonas. Com base na tonicidade, as palavras recebem as seguintes classificações:
- Oxítonas: termos cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex: cajá, papel, café, limão.
- Paroxítonas: termos cuja sílaba tônica é notada na penúltima sílaba. Ex: retrato, passível, justiça, pesado.
- Proparoxítonas: termos cuja sílaba tônica é evidenciada na antepenúltima sílaba. Ex: lâmpada, médico, ônibus, dínamo.
1. Oxítonas
As palavras oxítonas que terminam em a/as, e/es, o/os e em/ens devem ser acentuadas, como parabéns, refém, porém, invés. Veja um exemplo:
- Um som tão distante que parece ter vindo do além.
Por sua vez, as oxítonas que terminam com ditongos tônicos abertos, como éi, éu e ói, devem sempre receber acento agudo, como é o caso de chapéu, rouxinóis, herói. Igualmente, as oxítonas com vogais tônicas sendo i(s) ou u(s) levam acento agudo quando surgirem após um ditongo, como teiús, Piauí, tuiuiú.
2. Paroxítonas
As paroxítonas que devem ser acentuadas são as terminadas em i/is, us, r, l, x, n, um/uns, ão/ãos, ã/ãs, on/ons e ps. Esse é o caso de termos como júri/júris, vírus, fórum/fóruns, ímã/ímãs, bíceps, próton/prótons. Veja um exemplo:
- Há um ônus incluído no seu pagamento.
Já as paroxítonas terminadas em ditongo oral recebem acento justamente na vogal da sílaba tônica, como em tênue, túneis, cerimônia, história, lírio.
3. Proparoxítonas
Todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas. É possível observar a regra em palavras como próximo, péssimo, lúcido, século, fétido. Confira abaixo um exemplo:
- Já é a terceira câmara com defeito que preciso levar para o conserto.
4. Letras i e u
No geral, as letras i e u, sempre quando forem tônicas, devem receber acento quando forem a segunda vogal de um hiato, como é o caso de palavras como faísca, raízes, heroína, juízo, maiúsculo.
Nesse caso, a exceção à regra é observada quando o i ou u tônico formarem sílaba com as letras l, m, n, r ou z, ou forem seguidos de nh. Isso pode ser observado em termos como rainha, moinho, raiz, contribuinte, ruim.
5. Acento diferencial
Com as novas regras, palavras paroxítonas que possuem a mesma grafia de artigos, preposições, conjunções átonas e contrações perderam o acento. Esse é o caso de para, pela, pelo, pera e polo.
Mesmo assim, o acento diferencial continua sendo utilizado no verbo pôr, para diferenciá-lo da preposição por, e na forma verbal pôde (passado), diferenciando-a de pode (presente). Esse acento também foi mantido em quê, desde que quando tenha função de substantivo ou em final de frase.
Na palavra fôrma, ao significar modelo ou molde, o acento é opcional. Já as formas plurais dos verbos ter e vir e derivados devem continuar sendo acentuadas, para distingui-las de suas formas singulares: tem, têm, contém, contêm, vem, vêm.
