Ao olharmos para o céu, sempre vemos alguma nuvem, exceto em condições de céu totalmente limpo.
Essas formações atmosféricas conseguem produzir precipitações, incluindo chuva, neve e granizo, e apesar de sua aparência leve e “fofa”, as nuvens podem pesar toneladas.
Compostas primariamente de ar e minúsculas partículas de água condensada, elas são resultantes da condensação do vapor d’água em ar ascendente. Mas como calcular o peso das nuvens? Continue lendo e entenda a seguir.
Quanto pesa uma nuvem?
Para calcular o peso de uma nuvem, é necessário determinar sua densidade, que para uma nuvem cúmulos média é de aproximadamente 0,5 gramas por metro cúbico.
O volume da nuvem é estimado medindo a sombra projetada no solo com um hodômetro, considerando que ela tem forma cúbica.
Assumindo que uma nuvem cúmulos média tem dimensões de um quilômetro por lado, seu volume seria de 1 bilhão de metros cúbicos. Com a densidade e o volume conhecidos, pode-se calcular o peso total da nuvem.
No exemplo dado, uma nuvem com um volume de 1 bilhão de metros cúbicos e uma densidade de 0,5 gramas por metro cúbico teria um peso de 500 milhões de gramas, ou 500.000 quilogramas (500 toneladas).
Isso equivale ao peso de aproximadamente três baleias-azuis ou 83 elefantes (considerando que uma baleia-azul pesa 150 toneladas e um elefante médio pesa cerca de 6 toneladas).
As nuvens flutuam porque o peso delas está distribuído em uma grande quantidade de pequenas gotículas de água e cristais de gelo, que ocupam uma vasta área, tornando a densidade da nuvem menor que a do ar seco circundante, permitindo assim que ela permaneça suspensa no ar.
Desse modo, quando a observamos, estamos vendo uma massa significativa de água distribuída em um espaço imenso.
Tipos de nuvens
Existem diversos tipos de nuvens, classificadas pela altitude e aparência, cada uma com características distintas que influenciam o clima e o tempo. Veja alguns a seguir:
- Cirrus: essas nuvens são finas e de alta altitude, formadas principalmente por cristais de gelo, localizadas acima de 6.000 metros. Com uma aparência fibrosa, elas podem sinalizar a aproximação de uma frente quente ou um sistema climático severo;
- Cirrocumulus: são nuvens altas, raras e formam uma camada branca densa no céu, sem sombras projetadas. Sua presença pode indicar mudanças climáticas significativas ou tempestades iminentes em menos de 12 horas;
- Cirrostratus: são de grande altitude e formam um véu translúcido no céu, podendo criar halos ao redor do Sol ou da Lua. Elas podem anteceder frentes quentes ou tempestades moderadas;
- Altostratus: possuem média altitude e formam uma camada cinza que pode cobrir o céu inteiro, bloqueando parcialmente a luz solar. Elas não projetam sombras e podem estar associadas a frentes quentes ou tempestades;
- Altocumulus: também de média altitude, elas têm uma aparência ondulada ou em forma de ovelha, geralmente mais escuras que as cirrocumulus. Elas podem indicar trovoadas no final do dia;
- Nimbostratus: as nimbostratus são baixas, densas e cinzentas, associadas a chuvas constantes e podem ocultar o sol completamente;
- Stratocumulus: essas nuvens são baixas e formam manchas arredondadas e entrelaçadas no céu, geralmente em tons de cinza. Elas raramente produzem precipitação significativa e indicam condições atmosféricas estáveis;
- Stratus: são nuvens baixas e cinzentas, assemelhando-se a uma camada uniforme que pode estar associada a neblina ou garoa leve;
- Cumulus: são formações individuais, em forma de montículo, com uma base plana e topo arredondado, indicando condições atmosféricas estáveis.
- Cumulonimbus: são extensas e verticais, conhecidas por causar tempestades, trovoadas e chuvas fortes. Elas podem se estender por várias camadas atmosféricas, alcançando mais de 10.000 metros de altitude e são capazes de gerar fenômenos como relâmpagos e rajadas de vento.