Dominar as regras gramaticais do português é fundamental para quem se prepara para concursos públicos e outras provas importantes. Entre essas regras, o uso adequado dos aumentativos é uma área que merece atenção especial.
Por exemplo, você sabe dizer se a forma correta é “mulherão” ou “mulherona”?
Antes de conferir a resposta, lembre-se que o aumentativo é uma forma de derivação das palavras que usamos para expressar a ideia de grandeza, intensidade ou ênfase.
Saber usá-lo corretamente ajuda a evitar mal-entendidos, demonstra conhecimento sobre a norma culta e enriquece a comunicação no dia a dia.
“Mulherão” ou “mulherona”: qual é a forma correta?
De acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ambas as formas “mulherão”, “mulherona” e até “mulheraça” estão corretas.
Desse modo, para formar o grau aumentativo do substantivo “mulher”, acrescenta-se um sufixo aumentativo, que pode ser -ão, -ona ou -aça, ao substantivo.
Mas lembre-se: “mulherão” é um substantivo masculino, ou seja, dizemos “um mulherão”. Já “mulherona” é feminino, assim como “mulheraça”, então falamos “uma mulherona” e “uma mulheraça”.
Exemplos de frases:
– Ela entrou na sala como um verdadeiro mulherão, impressionando a todos com sua confiança.
– Minha avó sempre foi um mulherão, superando todos os desafios da vida.
– Minha tia é uma mulherona batalhadora, sempre cuidando de toda a família. –
– Aquela atleta é uma mulherona, com uma força e determinação incríveis.
– Um dia, espero ser uma mulheraça como a minha professora, que inspira todos ao seu redor.
– Ela é uma mulheraça, tanto pela sua coragem quanto pelo seu coração generoso.
O grau aumentativo
O grau aumentativo dos substantivos refere-se às flexões que indicam um aumento de tamanho, intensidade ou quantidade.
Ao falarmos sobre o grau dos substantivos, estamos abordando tanto o aumentativo quanto o diminutivo, o que é essencial para uma boa comunicação.
A seguir, veja uma lista de alguns exemplos comuns de palavras no grau aumentativo, formadas por diferentes sufixos:
- Animal: animalão;
- Asa: asona;
- Barca: barcaça;
- Barulho: barulheira, barulhão;
- Boca: bocarra, bocaça, boqueirão;
- Borboleta: borboletona;
- Cabeça: cabeção, cabeçorra;
- Casa: casarão;
- Chapéu: chapelão, chapeirão;
- Copo: copázio, copaço, coparrão;
- Corda: cordão;
- Corpo: corpanzil, corpaço;
- Drama: dramalhão;
- Faca: facão, facalhão, facalhaz;
- Festa: festão, festança;
- Flor: florzona;
- Fogo: fogaréu;
- Forno: fornalha, fornaça;
- Forte: fortaleza;
- Garrafa: garrafão;
- Homem: homenzarrão;
- Livro: livrão, livrório;
- Lobo: lobão, lobaz;
- Mão: manopla, manzorra, mãozorra;
- Moça: mocetona;
- Monte: montanha;
- Panela: panelão;
- Papel: papelão;
- Pedra: pedregulho;
- Peixe: peixão;
- Prato: pratão, pratarraz, pratarrão, pratalhaz, pratázio;
- Rapaz: rapagão;
- Rico: ricaço;
- Rocha: rochedo;
- Sala: salão;
- Sapo: saparrão;
- Vidro: vidraça;
- Voz: vozeirão.
E o grau diminutivo?
O diminutivo é uma forma de flexionar uma palavra para expressar uma ideia de menor tamanho, quantidade, intensidade ou afetividade. Em nossa língua, ele é bastante comum e utilizado para criar um efeito mais informal ou carinhoso na comunicação.
Assim como no grau aumentativo, usamos os sufixos para formar os diminutivos. Existem diversos sufixos, sendo os mais comuns:
- -inho/-inha: casinha, gatinho, florzinha;
- -zinho/-zinha: luzinha;
- -ito/-ita: cabrito, florzita;
- -ote/-ota: rapazote, casota;
- -ulo/-ula: glóbulo, partícula, molécula;
- -eco/-eca: jornaleco, soneca;
- -acho/-acha: riacho;
- -isco/-isca: pedrisco, chuvisco.