Moeda rara brasileira tem valor estimado acima de R$ 2 milhões; Veja qual é

Existe uma moeda brasileira que pode chegar a valer mais de R$ 2 milhões de reais. Saiba mais sobre a história desta peça marcante do mundo da numismática.

Pode até parecer estranho, mas é real: existem pessoas que pagariam valores exorbitantes por itens simples como moedas. Esses pequenos objetos tão comuns no dia a dia de qualquer cidadão podem valer uma fortuna, e o preço pode espantar. Uma só moeda brasileira, por exemplo, pode chegar a valer mais de R$ 2 milhões.

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Mas como isso seria possível? O que a faria tão especial? A verdade é que, no mundo da numismática, o estudo das moedas, determinados cunhos são considerados valiosos o suficiente para custar caro, indo até mesmo a leilão. Esse é o caso da peça mais valiosa do Brasil, uma raridade inacessível para muitos.

Vários fatores podem caracterizar uma moeda como rara. A quantidade confeccionada e a presença de algum erro em sua cunhagem são índices significativos, que podem transformar uma peça básica de R$ 1 em uma verdadeira joia rara, digna de ser exposta em estandes de museu. Hoje, conheça mais sobre uma das mais valiosas peças brasileiras, e saiba o motivo de ser considerada tão única.

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A moeda rara brasileira que pode custar mais de R$ 2 milhões

A tal moeda rara, considerada a mais valiosa do Brasil, foi confeccionada apenas 64 vezes, e é chamada de Peça da Coroação. O objeto foi a primeira moeda do Brasil independente, cunhada especialmente para a coroação de D. Pedro I, em 1º de dezembro de 1822. Ela seria utilizada para o óbulo, ou “esmola”, hábito comum dos reis portugueses de oferecer uma pequena quantia à Igreja em dias de coroação.

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Para festejar a sua coroação, o imperador brasileiro autorizou a peça da cunhagem no mesmo ano, que foi assinada pelo gravador Zeferino Ferrez, e fabricada na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro. Contudo, a moeda não chegou a ganhar o mundo, visto que antes mesmo de começar a ser distribuída, D. Pedro I suspendeu sua cunhagem.

A história prova que o imperador teria detestado o projeto da moeda por vários motivos. Por exemplo, D. Pedro I não aprovou a ideia da efígie, disposta com um busto nu e coroa de louros na cabeça, assim como os antigos imperadores romanos. Ele também não gostou que as legendas “Constitucionalis” e “Et perpetus brasiliae defensor” fossem omitidas, que significavam “constitucional” e “perpétuo defensor do Brasil”.

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De acordo com o nobre, isso poderia pressupor um desejo de poder absolutista, algo que não desejava transparecer. D Pedro I ainda preferia que sua imagem fosse gravada com uniforme militar, e o peito repleto de medalhas.

As reclamações fizeram que só fossem cunhadas 64 peças, em ouro 22 quilates e pesando 14,34 gramas, com valor facial de 6.400 réis. Os tais erros no projeto, porém, fizeram com que esses exemplares fossem retirados de circulação.

Valor da Peça da Coroação

Com isso, atualmente, a Peça da Coroação é considerada a moeda mais rara do mundo da numismática do país. Tendo apenas 16 exemplares dos 64 reconhecidos, cada um pode chegar a valer cerca de US$ 200 mil. Em 2014, em um leilão nos Estados Unidos, um dos itens foi vendido por US$ 500 mil, o que equivale a mais de R$ 2,5 milhões na cotação atual.

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O restante das moedas reconhecidas no mesmo modelo estão espalhadas pelo mundo, em museus e coleções privadas. Confira alguns de seus destinos:

  • Museu de Valores do Banco Central do Brasil, em Brasília;
  • Museu do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro;
  • Museu do Banco Itaú, em São Paulo;
  • Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro;
  • Coleção privada em São Paulo;
  • Coleção Dr. Roberto Villela Lemos Monteiro, em São Paulo;
  • Coleção privada na Bahia;
  • Coleção Museu Numismático Português, em Lisboa;
  • Coleção privada nos Estados Unidos.
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