As moedas já foram consideradas itens de alto valor pela população antes da criação das cédulas. Hoje em dia, esses objetos são comumente utilizados para troco, ideais para compras menores ou para integrar os cofrinhos de muitos. Contudo, o que a maioria não sabe é que algumas moedas podem valer muito mais do que se imagina: um exemplo é a de 1 real bifacial, que pode custar uma bolada.
Erros de fabricação como o da moeda bifacial podem fazer com que esses objetos adquiram o status de peça rara, itens que colecionadores pagariam caro para obter. Normalmente, a validade do dinheiro depende apenas da economia de seu país de origem, mas no caso destas moedas, a relação não é a mesma.
Ao contrário disso, poucos detalhes na confecção destes objetos, considerados anomalias, podem torná-los únicos e especiais, e quanto mais raro o traço ou erro na cunhagem, mais caro ele será. Este é o caso da moeda que será apresentada a seguir.
Vale lembrar que o Concursos no Brasil não realiza a compra ou venda de moedas. O texto é meramente informativo, e o site não possui qualquer contato com colecionadores e portais de comercialização do mundo da numismática.
Moeda de R$ 1 bifacial pode valer uma bolada: entenda
Existe uma parcela da população que coleciona moedas incomuns, com valores faciais que podem até parecer mínimos, mas vão muito além de meros R$ 1 ou R$ 2, por exemplo. Nessas coleções, é possível encontrar itens produzidos em homenagens a eventos, épocas comemorativas ou com falhas de fabricação. No último caso, as moedas são verdadeiras movimentadoras de compra e venda de tais objetos, já que esse tipo de erro pode valer muito dinheiro.
Um exemplo é a moeda de R$ 1 bifacial, que pode chegar a valer até R$ 8 mil no mercado da numismática, que é o mundo de estudo das moedas. Esse item foi cunhado em homenagem ao aniversário de 40 anos do Banco Central e, à primeira vista, pode até parecer uma moeda falsa.
Mas ao contrário do que se imagina, o item é verdadeiro, e o valor altíssimo se origina de um erro de confecção. É comum que as moedas sejam fabricadas com dois lados distintos, com a “cara”, que é uma representação da face da República, e a “coroa”, com a informação do valor facial do item. No caso da moeda de R$ 1, é identificada na coroa o algarismo “1” e a palavra “real”.
Essa versão em questão foi produzida em 2019, e teve uma cunhagem de 25 milhões de itens. O número é alto, o que poderia torná-la sem valor, mas o detalhe bifacial faz toda a diferença. A moeda também é conhecida como “moeda do beija-flor”, e possui o símbolo do beija-flor dos dois lados, em vez de um lado da cara e outro da coroa.
Apesar de o valor variar entre R$ 6 mil e R$ 8 mil, é importante ter em mente que seu valor final depende do estado de conservação, bem como do preço que o colecionador está disposto a pagar. Não existe uma regra específica definida pelo Banco Central a respeito da determinação do valor.
Critérios de avaliação
No mundo da numismática, existe uma série de critérios de avaliação que podem definir o valor de uma moeda. Só seu estado de conservação está dividido em três níveis, e é uma parte fundamental do processo. Confira:
- MBC: a sigla se refere à expressão Muito Bem Conservado, e é dada às moedas que apresentam no mínimo 70% da cunhagem original, e menos de 20% de desgaste;
- Soberba: moeda que teve pouca circulação, mas com pelo menos 90% dos detalhes da cunhagem original;
- Flor de Cunho: moeda com 100% dos detalhes da cunhagem original que nunca esteve em circulação. Saídas diretamente do banco, estas peças só podem ser manuseadas com luvas.