A menta e a hortelã são duas plantas extremamente parecidas, o suficiente para serem confundidas o tempo inteiro. Contudo, apesar de serem irmãs, elas não são gêmeas e, mesmo com as semelhanças, possuem propriedades distintas. Mas de que forma seria possível diferenciá-las?
É comum se deparar com determinadas plantas e não saber identificá-las tão rapidamente. Afinal, existem muitas que são praticamente idênticas, e até mesmo o cheiro pode fazer alguém duvidar das referências. A menta e a hortelã são dois exemplos ideais, visto que confundi-las por conta do aroma e aparência pode acontecer com qualquer um.
Por outro lado, mesmo que sejam tão semelhantes, ainda é possível diferenciá-las por conta de alguns detalhes fundamentais. Para entender mais sobre o assunto, confira abaixo qual a diferença entre a menta e a hortelã.
Menta e hortelã: qual a diferença entre as plantas?
A menta e a hortelã são plantas que fazem parte do mesmo gênero (mentha) e da mesma família (Lamiaceae). Seus nomes populares também podem causar confusão: a menta pode ser chamada de hortelã-pimenta, casualmente conhecida como hortelã, enquanto a hortelã também é chamada de hortelã-verde, hortelã-crespa e hortelã-comum. Com tantos detalhes, como seria possível resolver o mistério entre as duas?
Sobre a hortelã
O nome científico da hortelã é Mentha crispa, o que faz com que seja simples associar a versão com o nome popular: hortelã-crespa. Essa característica do nome é uma dica fundamental, já que as folhas da espécie são crespas e mais largas do que as folhas da menta. Ela é uma planta perene, capaz de formar touceiras com alturas variadas, podendo ir de 15 centímetros até 1 metro de altura.
A hortelã gosta de solo drenado e as inflorescências podem atrair abelhas polinizadoras. Por conta do cheiro e da aplicação na gastronomia e na medicina tradicional, ela rapidamente se espalhou por muitos países, mas a culinária árabe é uma das principais responsáveis por difundir seu sabor. Igualmente, os saborosos chás de hortelã fazem com que seja lembrada com facilidade.
Sobre a menta
A menta leva o nome científico Mentha piperita, o que justifica o fato de um de seus nomes populares ser hortelã-pimenta. Contudo, diferentemente da irmã hortelã, a menta possui folhas lisas e mais compridas, enquanto a outra é conhecida por suas folhas ásperas e largas.
Essa espécie é uma planta híbrida, resultado de um cruzamento entre as espécies Mentha aquatica e Mentha spicata. Assim, por ser híbrida, não possui uma origem exata no mundo, mas ainda pode ser encontrada em vários países. A menta gosta de umidade e sombra, e se reproduz por meio da brotação de novos rizomas. Possui belas inflorescências e pode ser incluída em jardins, ideal para quem gosta de plantas aromáticas.
Assim como a hortelã, a menta pode ser utilizada como tempero ou ingrediente para chás. Além disso, ela é fundamental na aromaterapia e em produtos de higiene pessoal, dando o sabor característico de pastas de dente e enxaguantes bucais.
Funções da menta e da hortelã
Como informado anteriormente, uma das formas mais simples de diferenciar a menta e a hortelã é por sua aparência: enquanto as folhas da hortelã são ásperas e mais largas, as da menta são lisas e compridas. Mas as diferenças não param por aí, e é possível observar mais algumas se tratando de suas propriedades medicinais.
O principal componente da hortelã é a carvona, um monoterpeno que pode ser encontrado em óleos essenciais. Além da aplicação comercial em produtos alimentares e fragrâncias, o elemento atua como analgésico, anti-inflamatório, antioxidante, antiespasmódico e antimicrobiano.
Já no caso da menta, seu principal componente é o mentol, um álcool monoterpênico cíclico. Sua principal característica é a atividade anestésica, principalmente de forma tópica: o receptor do organismo que percebe o frio é estimulado pelo mentol, o que causa a sensação de resfriamento e analgesia. As ações da menta são analgésicas, anti-inflamatórias, antioxidantes, carminativas, antieméticas, antimicrobianas, coleréticas e descongestionantes.