A capacidade de reter informações por um breve período é conhecida como memória de curto prazo.
Este sistema é categorizado em dois tipos: a memória imediata, utilizada para guardar informações temporariamente, e a memória de trabalho, que é empregada quando precisamos manipular e interagir com essas informações.
Para fortalecer a memória de curto prazo e a concentração, existem técnicas e exercícios eficazes, e um deles é mascar chiclete. Vale lembrar, também, que tudo em excesso pode ser prejudicial para o seu corpo.
Para uma avaliação melhor sobre o que funciona ou não para você, é importante e recomendado marcar uma consulta com nutricionista, no sentido de realizar o acompanhamento de sua dieta.
O texto abaixo é estritamente baseado em estudos científicos.
Por que mascar chiclete melhora a concentração?
Kate Morgan, pesquisadora da Universidade de Cardiff, realizou um estudo inovador sobre o aprimoramento da memória de curto prazo.
A pesquisa examinou os efeitos positivos potenciais de mascar goma durante exercícios de memorização auditiva.
Nesse sentido, o experimento contou com a participação de 38 indivíduos, distribuídos em dois conjuntos distintos.
Cada grupo realizou um exercício auditivo de meia hora, que consistia em escutar uma sequência aleatória de números de 1 a 9.
A avaliação dos participantes foi baseada na exatidão e velocidade com que identificavam sequências específicas de números ímpar-par-ímpar, como 7-2-1.
Adicionalmente, foram aplicados questionários para medir o estado de ânimo dos participantes antes e após a atividade.
Os dados coletados indicaram que os indivíduos que mascaram chiclete apresentaram tempos de reação mais breves e maior precisão nas respostas comparado aos que não mascaram chiclete, particularmente nas etapas finais do exercício.
“Estudos prévios já demonstraram que mascar goma pode melhorar certos aspectos cognitivos. No nosso trabalho, focamos em uma atividade auditiva que requer a recuperação de informações de curto prazo para determinar se o ato de mascar goma poderia potencializar a concentração”, comenta a cientista.
Os resultados do estudo sugerem que o ato de mascar goma pode ser benéfico para manter o foco em atividades que demandam acompanhamento constante por um breve intervalo de tempo.
Essa prática parece intensificar a atividade no hipocampo, uma área cerebral essencial para o armazenamento de memórias.
Outros benefícios associados ao chiclete
Reduz o estresse
Um estudo publicado na Clinical Practice & Epidemiology in Mental Health descobriu que mascar chiclete duas vezes ao dia durante duas semanas reduziu a ansiedade, a depressão, a fadiga e outras doenças mentais.
Isso significa, de acordo com a pesquisa, que a goma de mascar é uma forma popular e conveniente de ajudar a aliviar o estresse e melhorar a concentração.
Melhora o desempenho cerebral
Pesquisas na Universidade Saint Lawrence, localizada em Nova York, revelaram que cinco minutos mascando chiclete podem impulsionar a atividade cerebral, graças ao aumento do fluxo sanguíneo cerebral induzido pela mastigação.
A investigação observou melhorias no desempenho em várias tarefas cognitivas quando os participantes mascaram chiclete antes dos testes, mas não durante eles.
Os efeitos benéficos foram notados somente nos primeiros 15 a 20 minutos da avaliação e não abrangeram todas as áreas cognitivas.
Acredita-se que a duração limitada desses benefícios possa estar relacionada à estimulação provocada pela mastigação.
Por outro lado, mascar chiclete enquanto se realiza um teste pode não trazer melhorias devido à possível interferência, já que os processos cognitivos e de mastigação competem pelos mesmos recursos cerebrais.
Esse fenômeno, conhecido como mecanismo de processamento duplo, está alinhado com os resultados obtidos e pode esclarecer diversas outras descobertas na literatura científica.
No experimento, três grupos de estudantes foram avaliados: o primeiro grupo mascou chiclete cinco minutos antes do teste, o segundo durante o teste, e o terceiro não consumiu chiclete.
Os resultados apontaram um desempenho superior apenas no primeiro grupo, sem benefícios significativos para os demais grupos.