Quem está em busca de novas formas de decorar e colorir o lar deve definitivamente investir nas flores, uma das formas mais simples e charmosas de compor o jardim de qualquer residência. Dentre as inúmeras espécies disponíveis para transformar uma área externa, porém, algumas devem estar na mira do público não apenas por sua beleza, mas também por sua praticidade: esse é o caso da maria-sem-vergonha.
Também conhecida como beijinho, avenca e beijo-turco, a maria-sem-vergonha é originária da África, sendo uma planta perene. De nome científico Impatiens walleriana, é a opção ideal para quem deseja adicionar cor a qualquer ambiente, visto que suas flores variam entre tons como o rosa, roxo, branco e vermelho.
A probabilidade dessa flor já ter sido vista por aí é grande, já que seu cultivo se popularizou rapidamente no país. Antes uma espécie estrangeira, hoje a maria-sem-vergonha é uma das mais comuns no Brasil, e para os fãs do mundo das plantas e do paisagismo, conhecer mais sobre esse delicado tipo é essencial.
Maria-sem-vergonha: tudo sobre a popular flor das casas brasileiras
Como seu nome já diz, Impatiens walleriana, a maria-sem-vergonha é impaciente pelo motivo de ser incapaz de esperar por seu crescimento. Com uma rapidez impressionante, pode tomar qualquer espaço, e suas cápsulas arrebentam ao menor contato na planta.
Com um só raspão, as sementes são arremessadas para longe, justificando então o nome de beijinho. Afinal, a flor possui um jeito “dado”, se reproduzindo facilmente. Basta um galho simples e um pouco de umidade para que crie raízes.
Já o título de maria-sem-vergonha está associado ao fato da planta ser consideravelmente “sacana”. A flor pula a cerca e extrapola muros e jardins com facilidade, aninhando-se debaixo de árvores nativas nas matas fechadas, e espalhando-se tão rápido quanto. O comportamento, portanto, é dotado de certa sem-vergonhice, por conta do beijinho aparecer onde não deve e sem ser convidado. A maria-sem-vergonha é uma verdadeira invasora.
Ao sair dos vasos das residências, a flor perde o controle e invade reservas florestais e áreas de proteção da natureza, fazendo sombra às mudas de outras espécies nativas que acabam não se desenvolvendo da forma correta por estarem debaixo das marias. Em várias cidades do país, cultivar a peça africana só pode ser feito seguindo o regulamento, quando o plantio não é proibido.
Mas mesmo assim, é fácil entender o motivo da maria-sem-vergonha ser tão popular. Como informado anteriormente, ela pode florescer em qualquer ambiente, e em qualquer pedaço de terra, não importa quão pobre em nutrientes. A variedade de cores floresce o ano todo, e suas sementes são baratas. Os caules e folhas carnudos ainda armazenam uma boa quantidade de água, permitindo que passe alguns dias sem ser regada.
Como cuidar da maria-sem-vergonha
A maria-sem-vergonha é uma boa pedida para canteiros embaixo de árvores, em espaços onde a grama pode não crescer com regularidade. É preciso cultivá-la em duas partes de terra e uma de matéria orgânica, e as flores não devem ser molhadas para que não manchem ou morram mais rápido.
Com o tempo, a flor pode acabar com flores e galhos fracos, e quando isso ocorrer, é preciso podar as pontas dos ramos. Caso seja desejado, é possível tirar mudas, mergulhando a parte cortada em um copo com água, de modo que possa enraizar no ambiente submerso.
Mesmo que essa planta aguente diferentes condições climáticas, ela não é recomendada para a região sul, pois não suporta o frio e a geada. Além disso, até mesmo em regiões mais quentes, as mudanças bruscas de temperatura causam na maria-sem-vergonha a queda de suas folhas e botões. As folhas, por sua vez, devem ser fiscalizadas com regularidade, pelo fato do ar seco favorecer o surgimento de pragas.
O adubamento deve ser feito a cada quinze dias, na primavera e no verão, com um fertilizante líquido. Com esses cuidados, a tal flor desavergonhada certamente irá embelezar qualquer ambiente com suas cores e quantidade.
