Quando se fala em representações cartográficas do mundo, é comum surgirem dúvidas sobre a forma correta de escrever algumas palavras.
Nesse sentido, muita gente costuma se perguntar se o certo é “mapa-múndi” ou “mapa mundi”. Se você quer saber qual é a grafia adequada deste termo, continue lendo para não errar mais na hora de escrevê-lo.
O correto é “mapa-múndi” ou “mapa mundi”?
O termo correto é “mapa-múndi”, com um hífen entre as duas palavras. Um mapa-múndi é basicamente um desenho ou representação do nosso planeta Terra.
O vocábulo deriva do latim “mappa“, que significa “lenço” ou “pedaço de tecido” (porque antigamente os mapas eram desenhados em pedaços de tecido), e “mundus“, que significa “mundo” ou “referente ao mundo”.
Assim, quando falamos de um mapa-múndi, estamos nos referindo a um desenho ou representação cartográfica da Terra, feito para ser uma espécie de guia em questões de geografia e política.
Ele serve de base para a criação de outros mapas, como o mapa político (que mostra as divisões dos países), o mapa físico (que mostra as características geográficas) e o mapa topográfico (que mostra, por sua vez, as curvas de nível do relevo).
Qual a origem do mapa-múndi?
A origem do mapa-múndi está relacionada com as tentativas de representar a superfície da Terra em uma forma plana.
Esses desenhos datam da antiguidade e eram baseados em observações, relatos de viajantes e concepções mitológicas.
O primeiro mapa-múndi com um mínimo de realismo e precisão foi criado pelo filósofo e geógrafo grego Anaximandro, no século VI a.C.
Com o avanço das ciências, das técnicas de navegação e das explorações geográficas, os mapas-múndi foram se aprimorando e incorporando novas regiões e detalhes.
O mapa-múndi também é uma forma de mostrar a divisão política do mundo em países, continentes e oceanos.
Essa divisão, porém, não é fixa nem definitiva, pois está sujeita a mudanças históricas, políticas, culturais e geográficas.
Além disso, há diferentes critérios e classificações para definir os continentes e os países, que podem variar conforme a fonte e o contexto.
Projeções cartográficas
Como a Terra não é totalmente esférica, nem tem realmente altos e baixos, as representações que dela vemos todos os dias não são completamente exatas nas suas proporções.
Com efeito, elas utilizam escalas e procedimentos de projeção para construir uma imagem credível do planeta. Esses procedimentos são conhecidos como projeções cartográficas e, ao longo da história, foram feitos por diferentes pessoas.
A projeção mais conhecida e usada é a de Mercator, criada pelo cartógrafo flamengo Gerardus Mercator em 1569.
Ela é útil para a navegação, pois mantém os ângulos e as direções constantes, mas distorce muito as áreas, fazendo com que os países próximos aos polos pareçam maiores do que realmente são.
Outra carta famosa é a de Peters, criada pelo historiador alemão Arno Peters em 1973. Ela é mais fiel às áreas dos continentes, mas distorce as formas, alongando os países próximos ao Equador e encolhendo os próximos aos polos.
Há ainda outras projeções, como a de Robinson, a de Mollweide, a de Gall-Peters, a de Winkel Tripel, etc., que tentam equilibrar as distorções de forma e área, mas nenhuma delas é perfeita.
Por este motivo, é importante saber que o mapa-múndi é apenas uma aproximação da realidade, e não uma reprodução fiel do planeta.