Joinha: Conheça a origem do gesto famoso em todo o mundo

Apesar de ser um gesto muito famoso, o joinha é um sinal que traz certa confusão sobre a sua origem e até mesmo o seu significado ao longo do tempo.

A comunicação não verbal é uma modalidade muito usada pelo ser humano, entretanto por se tratar de um tipo de comunicação trivial do dia a dia, carecem de maiores informações sobre sua origem ou até mesmo pouco aparecem em registros sobre a história. Isso acontece com o sinal de joinha, um gesto muito famoso em todo mundo e que pouco se sabe dobre sua origem.

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O joinha enquanto gesto tem como referência principal a Roma Antiga, e foi depois retratado no filme “Gladiador” (2000). A história contada afirma que o polegar virado para cima ou para baixo poderiam decidir de forma drástica o futuro dos competidores na arena. Entretanto, há de se ter um pouco de cautela quanto a isso. E explicaremos a seguir.

Pesquisadores afirmam existir uma grande confusão com dados históricos sobre a origem do gesto e seu significado como é conhecido hoje em dia. Para eles, os fatos como são narrados podem às vezes trazer uma visão destorcida do todo e de como deveria ser interpretado.

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Origem por trás do joinha

Os filmes possuem o papel de fazer as pessoas viajarem pelo tempo, através de uma narrativa fantasiosa ou não, que muitas vezes se apresenta ao espectador. O filme “Gladiador” (2000), age nesse papel de fazer com que o espectador imagine que tanto o sinal de positivo quanto o de negativo poderiam decidir a trajetória de vida ou morte do combatente na arena.

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Entretanto, o filme não retrata de maneira muito fiel toda a história por trás do joinha. É bem verdade que os romanos usavam um vocabulário visual vasto e muitos desses movimentos possuíam significado diferente do modo como conhecemos atualmente. Nesse sentido, o sinal de joinha significava desaprovação, ao contrário do significado de hoje.

Estudos feitos apontam para uma das primeiras representações do “sinal de joinha” encontradas em Nimes, no sul da França. Neste caso, um medalhão artesanal fora encontrado com a representação de uma cena de batalha entre gladiadores. Ao fundo da imagem é possível ver uma pessoa, que seria um árbitro da arena com o polegar para baixo, indicando a libertação dos que sobreviveram.

Há quem diga que o sinal para dizer que tudo estava bem era um punho fechado com o dedão pressionado no punho, na parte de cima. Note que o dedão encontra-se pressionado e não esticado. Por isso, em latim, o nome desse gesto era “pollices premere”, o que significava em tradução “pressione os polegares”.

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Outros registros do joinha ao longo do tempo

Em 1872, o pintor francês Jean-Léon Gérôme retratou uma luta de gladiadores no quadro que levou o nome de “Pollice Verso”, que mostrava a arena lotada e um guerreiro com o pé em cima do peito do oponente, enquanto as pessoas estavam com o polegar virado para o chão. Apesar de sua precisão, o pintor se enganou com o gesto retratado.

A primeira vez, entretanto, que se tem ideia de um registro escrito mostrando o uso positivo do sinal de joinha, data de 1917, em um livro chamado Over The Top, do escritor Arthur Guy Empey. A obra conta a vida de um americano que serviu no exército britânico durante a Primeira Grande Guerra Mundial.

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Na narrativa, o joinha é uma forma de dizer aos outros quando tudo estava bem, portanto não deveria se ter qualquer preocupação. Esse registro foi primordial para o modo como se conhece o joinha e o significado deste gesto famoso em todo mundo.

O cinema também é responsável por registrar o uso do joinha como se conhece hoje em dia. No filme O Inquilino (1927), de Alfred Hitchcock, em uma cena a personagem utiliza dos dois polegares para cima para indicar que tudo estava bem.

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