‘Incluído’ ou ‘incluso’: Veja como usar esses dois termos corretamente

Apesar de ambas as formas estarem corretas na norma gramatical da Língua Portuguesa, é importante aprender como usar "incluído" e "incluso" dentro das suas definições individuais. Neste caso, os exemplos podem ajudar nesse processo.

A Língua Portuguesa é repleta de palavras semelhantes, mas que possuem significados e utilizações distintas. Como consequência, as pessoas podem ficar confusas e acabam cometendo erros no discurso e na escrita. Este é o caso de “incluído” ou “incluso”, que possuem regras sobre o uso correto.

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A princípio, os dois termos existem e são aceitáveis no idioma, mas são regidos por regras gramaticais distintas por conta da diferença na classificação que possuem dentro da norma culta. Portanto, é importante aprender por meio dos exemplos quando usar cada uma. Saiba mais informações a seguir:

Como usar “incluído” ou “incluso” corretamente?

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Em primeiro lugar, tanto incluído quanto incluso são formas equivalentes do particípio do verbo incluir, que pode ser classificado tanto como um verbo bitransitivo e pronominal quanto como verbo transitivo direto. Entretanto, “incluído” é o particípio regular enquanto “incluso” é o particípio irregular.

Por um lado, a forma regular “incluído” deve ser utilizada na voz ativa, acompanhado dos verbos auxiliares ter ou haver. Em contrapartida, a forma irregular “incluso” deve ser utilizada na voz passiva, acompanhada dos verbos auxiliares ser ou estar. Veja alguns exemplos para entender melhor:

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  • O comprador já tinha incluído os pagamentos da semana no sistema.
  • O comprador já havia incluído os pagamentos da semana no sistema.
  • O pagamento da semana já está incluso no sistema.
  • O pagamento da semana já foi incluso no sistema.

Apesar dessas diferenciações, a forma regular “incluído” é considerada a mais correta por parte dos falantes, que acabam adotando-a no discurso independente dessas regras específicas. Em alguns casos, a palavra incluso é adotada como adjetivo, significando que algo está inserido, anexado ou que faz parte.

Como verbo bitransitivo e pronominal, o termo incluir significa introduzir, acrescentar algo, colocar alguma coisa no interior de outra. Além disso, pode ser usada com o sentido de passar a pertencer a um grupo, tornando-se parte de uma coletividade, como inclusão.

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Como verbo transitivo direto, incluir significa abranger e abarcar em seu interior ou trazer consigo, causara origem de algo, implicar. Confira alguns exemplos dessas diferentes definições e classificações gramaticais:

  • Enquanto cozinhava, incluía as refeições no cardápio da semana.
  • Incluiu-se entre os convidados do aniversário e participou da festa.
  • O supermercado não inclui frutas e verduras frescas.
  • O trabalho que ela conseguiu não inclui pagamentos de horas extras.

O que são os particípios na Língua Portuguesa?

Como citado anteriormente, incluído e incluso são os particípios regulares e irregulares do verbo incluir. Em resumo, essa é uma das formas nominais, assim como o infinito e o gerúndio. De acordo com as regras do idioma, essas formas nominais podem substituir um nome, mas também serem usadas como adjetivos.

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Existem diversos verbos que apresentam duas formas de particípio, sendo conhecidos como particípio regular e o particípio irregular. Nesses casos, os verbos são caracterizados como abundantes, porque possuem mais de uma maneira de utilização que é aceitável.

Em todos os casos, os particípios irregulares, ou reduzidos, são acompanhados por verbos auxiliares, sendo eles ser e estar. Essa é a situação também dos verbos que apresentam particípios irregulares somente na segunda e terceira conjugação, incluindo os derivados, como acontece com abrir, aberto e entreaberto.

Do mesmo modo, os particípios regulares são acompanhados por verbos auxiliares, sendo eles ter e haver. Neste contexto, recebem as terminações -ado e -ido em diferentes situações. Primeiramente, adiciona-se -ado ao final do verbo quando está em primeira conjugação, como ditado, isentado e promulgado.

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Contudo, adiciona-se -ido ao final nos casos de segunda conjugação, como em cedido, remetido ou tecido. Nessa regra, são contemplados os verbos terminados em -0er quando estão no infinitivo.

Porém, o -ido é adicionado também aos verbos da terceira conjugação, como falido, inserido ou remido. Em específico, são verbos terminados em -ir ou -or no infinitivo. Veja alguns exemplos:

  • Ele tinha acabado de chegar quando ouviu os fogos de artifício na rua.
  • Apesar da personalidade difícil, ela tem aceitado bem todos os comentários.
  • O trabalho seria feito pela equipe designada pelo prefeito.
  • As luzes foram acesas quando a noiva entrou na passarela.
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