Fluorescente ou fosforescente não são a mesma coisa; entenda a diferença

Entender a diferença entre fluorescente e fosforescente é útil para aplicação em várias áreas, desde a segurança até o design de interiores.

Na natureza, existem sistemas moleculares que têm a capacidade de emitir luz (radiação eletromagnética), fenômeno conhecido como “luminescência”.

No entanto, dependendo se a luminescência emitida “desaparece” ou “permanece”, ela pode ser classificada como “fluorescente” ou “fosforescente”, respectivamente. Entenda a diferença entre esses fenômenos a seguir.

O que é luminescência?

Antes de entender a diferença entre “fluorescência” e “fosforescência”, é preciso saber o que é luminescência. Basicamente, é quando certos materiais emitem luz após serem expostos a uma energia externa, como a luz ultravioleta.

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Quando isso ocorre, dizemos que eles são fotoluminescentes. Isso acontece porque, ao absorver energia, os átomos desses materiais se excitam, ou seja, seus elétrons passam para um nível de energia mais alto.

Após retornarem ao seu estado original, os elétrons liberam energia na forma de luz visível, no que chamamos de "fotoluminescência", ou seja, uma propriedade específica desses materiais.

Dito isso, fluorescência e fosforescência são duas formas de fotoluminescência de um material. Existem outros tipos como a triboluminescência, bioluminescência e quimiluminescência.

Qual a diferença entre fluorescência e fosforescência?

Fluorescência e fosforescência diferem na maneira como armazenam e liberam energia.

Enquanto a fluorescência absorve energia da luz ultravioleta e a emite imediatamente, a fosforescência armazena energia e a libera gradualmente ao longo de minutos ou horas, mesmo depois que a fonte de luz excitatória é desligada.

Esses fenômenos têm muitas aplicações úteis, tanto na pesquisa quanto na indústria.

Por exemplo, a fluorescência é usada para criar novas fontes de luz, como LED, OLED e lasers, para displays e equipamentos médicos.

Já a fosforescência é usada em materiais que emitem luz por um longo período, úteis em sinais de trânsito e interruptores de luz em ambientes escuros, além de sinais de "saída" em cinemas ou clubes.

Além disso, estudar os mecanismos quânticos por trás desses processos oferece detalhes sobre os movimentos moleculares relacionados à excitação eletrônica, como vibrações e rotações, úteis nas pesquisas.

E o que significa incandescência?

Incandescência é quando algo fica tão quente que começa a brilhar. Por exemplo, quando você aquece uma panela no fogão elétrico e ela fica vermelha, isso é incandescência.

O mesmo acontece quando você aquece um metal em uma chama. As lâmpadas incandescentes funcionam da mesma forma: o filamento de tungstênio dentro delas esquenta tanto que brilha intensamente, parecendo branco quente.

E não é só na Terra, as estrelas e o sol também brilham assim, através da incandescência.

Outros tipos de luminescência

  • Quimiluminescência: é quando a luz é produzida por reações químicas, como nos tubos de plástico que brilham no escuro;
  • Bioluminescência: é a luz emitida por seres vivos devido a reações químicas, como nos vaga-lumes;
  • Eletroluminescência: ocorre quando a corrente elétrica produz luz, como nas luzes de néon;
  • Catodoluminescência: é a eletroluminescência causada por feixes de elétrons, como na formação de imagens de televisão em CRTs (tubo de raios catódicos ou cinescópio);
  • Radioluminescência: é a luz causada por radiação nuclear, como nos mostradores de relógio com pintura radioluminescente;
  • Triboluminescência: é a luz emitida por ação mecânica ou elétrica, como ao triturar certos materiais juntos, como a neve e o quartzo;
  • Termoluminescência: é a emissão de luz após exposição a temperaturas específicas, desencadeada pelo calor, mas não gerada por ele.