De acordo com o estudo “A crescente importância de habilidades sociais no mercado de trabalho” existe uma habilidade considerada rara que as empresas procuram em seus funcionários. A publicação é do pesquisador David Deming, professor na área de Políticas Públicas, Educação e Economia na Universidade de Harvard, considerada referência no campo de pesquisa científica no mundo.
O produto compila dados do mercado de trabalho doa Estados Unidos entre os anos de 1980 e 2012. Nessa análise, Deming percebeu um aumento na oferta de empregos dentro das funções que demandam interação humana, como é o caso dos cargos de gerentes, professores, médicos, advogados e enfermeiros. Saiba mais informações a seguir e entenda melhor esse processo:
O que diz a pesquisa?
Enquanto foi percebido um crescimento nas profissões relacionadas com a interação humana, houve uma queda nos empregos puramente técnicos, como o ramo dos matemáticos e engenheiros. Desse modo, estima-se que dentro do período analisado esse grupo representa a menor parcela do total de trabalhadores ativos no país.
Nesse contexto, a pesquisa também mostrou que o crescimento de empregos e salários aconteceu em funções que exigem os conhecimentos teóricos e as habilidades sociais. Ou seja, a tecnologia é uma forma de complementar a produtividade e auxiliar os profissionais em suas atividades, mas não substitui o fator humano dos profissionais.
Portanto, há uma dificuldade em automatizar os aspectos relacionados com a interação social e orgânica. Sendo assim, ainda que profissões no ramo da tecnologia estejam associados com a inovação e os chamados cargos do futuro, as ocupações que dependem da conexão entre seres humanos são indispensáveis pelo caráter social que possuem.
Em outras palavras, as novas tecnologias podem automatizar os empregos mais técnicos, mas não substituir as habilidades sociais essenciais às áreas que dependem do contato entre indivíduos.
Qual é a habilidade mais rara desejada por empresas?
Em complemento a essa pesquisa, a pesquisadora Heidi K. Gardner publicou um artigo na CNBC que estabelece qual é a habilidade mais rara desejada por empresas. Segundo a professora da Universidade de Harvard especialista em carreiras, as companhias estão buscando colaboradores, e não pessoas focadas nas próprias realizações.
Nesse contexto, as pessoas que conseguem colaborar em equipes ganham destaque e vantagens competitivas em relação aos outros. Mais do que encontrar o resultado final, o objetivo deve ser contribuir para o crescimento coletivo, com a ampla participação de todos os membros e o trabalho compartilhado entre o grupo.
Para auxiliar nesse processo, a autora oferece algumas perspectivas e dicas que podem potencializar a colaboração entre os profissionais e equipes.
1) Aja como um líder inclusivo
Ainda que você seja parte da engrenagem e não ocupe uma posição de liderança dentro dos projetos, aja dentro dessa função sem ultrapassar a hierarquia ou suas responsabilidades. Nesse caso, é importante tomar medidas dentro do seu espaço de ação para convidar pessoas diversas para o grupo, pois cada um possui um conhecimento particular que pode enriquecer o processo pelo compartilhamento de lições.
2) Pense no coletivo
Antes de considerar os ganhos pessoais, como aumentos, bônus ou promoções, que determinada iniciativa pode te trazer, experimente colocar o coletivo em primeiro lugar. Quais são as experiências positivas que podem ser obtidas por meio dessa atividade? De qual maneira os participantes do projeto poderão crescer nessa experiência? Como ampliar a participação de todos os membros?
Assim, além de obter vantagens para a própria carreira, você se torna um profissional que arrasta consigo outras pessoas na direção do crescimento. Portanto, se torna uma influência positiva e age dentro de uma perspectiva menos individualista dentro do mercado de trabalho.
3) Demonstre apreço
A valorização da rede profissional é um tipo de comportamento que demonstra colaboração, atenção e cuidado para além do escopo das próprias atividades. Mais do que habilidades teóricas, os recrutadores estão buscando pessoas que tem capacidades socioemocionais, como a empatia, flexibilidade, autoconhecimento e outros pontos pertinentes.
Dessa forma, considere quais são as ferramentas de demonstrar apreço e reconhecimento pelo trabalho alheio. Deixe feedbacks positivos, faça indicações no LinkedIn ou entre em contato para agradecer pela ajuda, pois essas são maneiras de reforçar os laços colaborativos dentro da empresa.
