A Língua Portuguesa possui regras específicas acerca da utilização dos pronomes, tanto os retos quanto os oblíquos. Portanto, para saber qual é a forma correta entre “mim e ele” ou entre “eu e ele” é necessário conhecer as regras gramaticais dessa categoria de palavras.
Por meio desse conhecimento, é possível se comunicar de maneira mais assertiva, mantendo a credibilidade do discurso ao utilizar as expressões de acordo com a norma culta da linguagem. Além disso, evitam-se erros na escrita de textos diversos. Saiba mais informações a seguir:
Qual é a forma correta: entre “mim e ele” ou entre “eu e ele”?
Em primeiro lugar, é importante revisitar a estrutura dos pronomes para responder a essa pergunta. Os pronomes pessoais do caso reto são eu, tu, ele/ela, nós e vós, e costumam assumir a função de sujeito dentro de uma oração ou período. Por outro lado, os pronomes pessoais oblíquos são o mim, comigo e contigo, e costumam assumir a função de complemento, como objeto das orações e períodos.
Por conta disso, é incorreto utilizar o pronome do caro reto eu como objeto da oração “isso é entre eu e ele”. Nesse caso, a maneira correta é adotar o pronome pessoal oblíquo mim, principalmente no contexto da regra de utilizar esse tipo de pronome após a preposição, que nesse caso é “entre”.
Entenda as regras dos pronomes na Língua Portuguesa
Por definição, os pronomes são expressões que indicam pessoas no discurso, transmitindo a ideia de posse e posições em relação ao que está sendo dito. Dessa maneira, podem acompanhar ou substituir substantivos, e estão divididos em seis categorias distintas. Porém, existem quatro casos mais comuns no idioma.
1) Pronome pessoal
Os pronomes pessoais são estruturas que indicam o sujeito ou o complemento da oração, como os citados anteriormente. Nesse contexto, são divididos entre pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso oblíquo. Confira alguns exemplos:
- Eu gosto muito de sorvete – pronome pessoal do caso reto exercendo a função do sujeito.
- Está comigo o seu presente – pronome pessoal do caso oblíquo desempenhando a função de complemento do verbo.
2) Pronome de tratamento
Comumente, os pronomes de tratamento são termos utilizados de maneira respeitosa dentro de situações formais do discurso. A única exceção é que o pronome de tratamento utilizado nas situações informais é “você”. Veja alguns exemplos para entender essa diferença:
- A senhora esperou que eu chegasse para jantar.
- Vossa Excelência conferiu o resultado do julgamento.
- Vossa Santidade é adorada por católicos em todo o mundo.
- Você pode chegar no melhor horário hoje.
3) Pronome possessivo
Os pronomes possessivos dão ideia de posse ao discurso, sendo divididos com base na pessoa verbal do discurso. Confira alguns exemplos:
- A caneta era minha, mas agora é tua.
- Comprei um presente para a sua mãe, espero que ela goste.
- Nosso time continua ganhando, mesmo com um técnico ruim.
- Os meus irmãos chegam hoje de viagem.
4) Pronomes demonstrativos
Os pronomes demonstrativos costumam causar mais dúvidas, mas são usados para indicar a posição de um elemento em relação à pessoa verbal, tanto no discurso quanto no tempo e no espaço. Nesse caso, existem pronomes que variam de acordo com o gênero e o número, mas também os pronomes invariáveis.
Nessa divisão, os pronomes demonstrativos variáveis são aqueles que flexionam em número ou gênero. Como consequência, sofrem alterações em sua forma, como acontece com esse, este, aquele, aquela, essa e esta. Por outro lado, os pronomes invariáveis são os que nunca são alterados, como isso, isto e aquilo.
Veja alguns exemplos:
- Aquela camiseta era muito brega, ainda bem que não compramos.
- Esse livro me parece ótimo, vou levar e começar a ler hoje mesmo.
- É uma pena que este dia acabe deu uma forma tão triste.
- Isso que ele está dizendo não é verdade.
- Aquilo que conversamos ontem precisa ser segredo, tudo bem?
- Por que eu preciso carregar isto tudo?