Existe um ditado popular que afirma que “um elefante nunca esquece”, e frequentemente empregamos essa expressão para caracterizar indivíduos com memória excepcional.
Mas será que essa afirmação corresponde à realidade? Embora os elefantes possam ocasionalmente esquecer algo, estudos científicos confirmaram que eles possuem, de fato, uma capacidade incrível de memorizar certas coisas. Continue lendo e entenda a seguir.
Os elefantes realmente nunca esquecem?
De acordo com pesquisas divulgadas na revista Science, o que os elefantes realmente exibem é uma forma de “memória social”. Eles têm a capacidade comprovada de lembrar-se indefinidamente dos rostos que encontram.
Isso explica por que se diz que um elefante se lembrará de um humano que o atacou, mesmo após muitos anos.
Em outras palavras, se um caçador falhar em matar um elefante e este sobreviver, o animal não confiará no caçador em futuros encontros.
Por outro lado, se alguém ajudar um elefante, ele se lembrará desse ato de bondade e considerará a pessoa confiável pelo resto de sua vida.
Conservacionistas, veterinários e cientistas que trabalham com esses majestosos animais também afirmam que os paquidermes certamente conseguem se lembrar de amigos mesmo após muitos anos.
O que explica a boa memória dos elefantes?
A memória notável dos elefantes é parcialmente atribuída ao seu considerável volume cerebral. Embora o tamanho do cérebro não seja um indicador direto de inteligência, ele está relacionado à capacidade de memória.
O cérebro do elefante tem um peso aproximado de 6 quilos, em contraste com o nosso que pesa menos de 1,6 quilos.
Enquanto os seres humanos possuem entre 22 e 100 bilhões de neurônios, os elefantes contam com cerca de 257 bilhões, e o desenvolvimento cerebral ocorre conforme o animal cresce, o que lhes confere a habilidade de aprender.
Além disso, o hipocampo, região cerebral associada à memória e às emoções, é proporcionalmente maior nos elefantes, ocupando 0,7% da estrutura cerebral, em comparação com os 0,5% utilizados pelos humanos.
Como a memória ajuda esses animais a sobreviver?
As matriarcas, que são as mais velhas e experientes, conseguem se lembrar da localização exata de fontes de alimento e água encontradas durante períodos de adversidade climática, como secas.
Essa memória histórica, preservada por alguns indivíduos, tem sido fundamental para a sobrevivência de muitos grupos, enquanto aqueles sem tais lembranças enfrentaram consequências severas e dolorosas.
Para esclarecer, a estrutura social desses animais é organizada em matriarcados, onde a fêmea mais velha lidera o grupo. A matriarca tem o dever de zelar pela segurança e bem-estar da manada.
Os machos jovens são cuidados pelas fêmeas e, ao atingirem entre 12 e 15 anos, precisam deixar o grupo, demonstrando uma forte ligação física e emocional com a família, similar à experiência humana.
Além disso, um elefante que perde sua mãe, por causas naturais ou provocadas, pode desenvolver transtorno de estresse pós-traumático, um fenômeno que apresenta paralelos notáveis com as reações humanas a traumas similares.
Portanto, os elefantes são criaturas notáveis em termos de sociabilidade, empatia e inteligência. Eles vivem em grupos, compartilham experiências e colaboram uns com os outros.
5 curiosidades sobre os elefantes
- Maior mamífero terrestre: os elefantes são os maiores mamíferos terrestres, pesando até 5 toneladas, com uma estrutura óssea robusta para suportar esse peso;
- Presas são incisivos: as presas dos elefantes, feitas de marfim e sempre em crescimento, são usadas para cavar e marcar território;
- Tromba musculosa: a tromba dos elefantes tem cerca de 150.000 músculos e tendões, permitindo uma variedade de movimentos precisos;
- Pouco sono: elefantes selvagens dormem apenas algumas horas por dia, mantendo-se alertas para se alimentar e evitar perigos;
- Incapazes de pular: devido ao seu peso, os elefantes não podem pular, mas sua altura e tromba permitem que alcancem lugares altos sem necessidade de saltar.