Dia 2 de julho é feriado em todos os municípios deste estado

No século XIX, enquanto o país caminhava para se tornar independente de Portugal, alguns momentos foram decisivos, como o episódio de 2 de julho de 1823.

Enquanto o calendário nacional não tem feriados em julho, moradores de um estado nordestino ganharão um dia de folga nesta quarta-feira (2/7).

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A data, celebrada em todos os municípios locais, pode ser uma oportunidade para descanso e lazer antes do próximo feriado nacional, que só ocorrerá no Dia da Independência do Brasil, em 7 de setembro.

O dia 2 de julho é feriado em qual estado?

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Onde é feriado no Dia 2 de julho, o que significa 2 de julho na Bahia, quais feriados tem em julho, que Dia é comemorado em 2 de julho.

A data é muito importante para a cultura do estado e a história do Brasil, reunindo autoridades e o povo baiano nas ruas. Foto: Reprodução / Pexels

O dia 2 de julho é feriado em todo o estado da Bahia. A data magna, estabelecida pela Lei nº 9.093 de 12/09/95, simboliza a vitória das tropas brasileiras sobre as forças portuguesas em 1823, consolidando a independência do Brasil na região.

As comemorações incluem eventos cívicos, desfiles e apresentações culturais, especialmente em Salvador, onde ocorre a tradicional caminhada do “Caboclo e da Cabocla”.

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Além de seu valor político, a celebração reforça a identidade cultural baiana, sendo motivo de orgulho e expressão do vínculo da população com sua história e tradições.

A data pode se tornar um feriado nacional?

No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou a intenção de transformar o 2 de julho em uma segunda data oficial da Independência do Brasil, reconhecendo o papel decisivo da Bahia na consolidação da soberania nacional.

Durante um discurso em Campinas (SP), Lula destacou que a expulsão definitiva dos portugueses, ocorrida em Salvador em 2 de julho de 1823, marcou a verdadeira independência, diferentemente do 7 de setembro de 1822, que simboliza o “Grito do Ipiranga”.

No entanto, para que a data se torne oficialmente um feriado nacional, a proposta de Lula ainda precisa ser formalizada como um projeto de lei e passar pela aprovação do Congresso, o que ainda não ocorreu.

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Como ocorreu a Independência da Bahia?

Em 25 de junho de 1822, a população do Recôncavo Baiano tomou uma decisão essencial para o futuro do Brasil. Eles proclamaram Dom Pedro de Alcântara, futuro imperador, como seu “regente constitucional e defensor perpétuo”.

Essa escolha demonstrava o anseio por um governo liderado por brasileiros, o que gerou forte resistência das forças portuguesas, que defendiam a manutenção do domínio colonial.

Essa divergência levou aos primeiros confrontos. Em 28 de junho, apenas três dias após a proclamação, os baianos obtiveram sua primeira vitória expressiva ao capturar uma embarcação portuguesa atracada no Rio Paraguaçu.

Apesar desse sucesso inicial, os conflitos se estenderam por muitos meses, culminando na batalha decisiva em Salvador, em 2 de julho de 1823. A vitória da população baiana nesse embate final consolidou a expulsão definitiva da Coroa Portuguesa do Brasil.

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Heróis da Independência

Esse episódio foi marcado pela bravura de homens e mulheres que se tornaram símbolos de resistência e liberdade, sendo reconhecidos como verdadeiros heróis da história. Entre eles:

Joana Angélica

Foi uma mártir da Independência, abadessa que enfrentou com coragem as tropas portuguesas ao se colocar na porta do Convento da Lapa, em Salvador, para proteger as noviças.

Sua morte, atingida por uma baioneta, tornou-se um símbolo de resistência e inspirou muitos a continuarem a luta contra a dominação colonial.

Maria Felipa

Heroína pouco documentada, mas eternizada na memória popular, liderou um grupo de mulheres e pescadores na Ilha de Itaparica, queimando embarcações portuguesas e combatendo os invasores.

Maria Quitéria de Jesus

A primeira mulher a integrar as Forças Armadas brasileiras, disfarçou-se de homem para lutar nas batalhas do Recôncavo Baiano.

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Reconhecida por sua habilidade no manejo de armas, liderou tropas e tornou-se um ícone da participação feminina na guerra pela libertação da Bahia.

João das Botas

Estrategista naval, foi fundamental nas batalhas marítimas, utilizando táticas inovadoras para enfrentar a frota portuguesa na Baía de Todos-os-Santos.

Sua liderança garantiu vitórias decisivas, consolidando seu lugar como um dos grandes nomes da luta pela independência.

Corneteiro Lopes

Corneteiro Lopes entrou para a história na Batalha de Pirajá. Quando a ordem era recuar, ele tocou a corneta para avançar, confundindo os portugueses e virando o jogo a favor das tropas brasileiras.

Seu ato de rebeldia estratégica foi fundamental para a vitória final.

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