O uso incorreto dos marca-textos geralmente resulta em manchas indesejadas em documentos, livros e até mesmo em roupas.
Os marca-textos são ferramentas indispensáveis para destacar informações importantes em documentos e anotações, seja na escola, no trabalho ou até mesmo na preparação para concursos.
Contudo, acidentes acontecem, e uma mancha de marca-texto pode comprometer a legibilidade e a apresentação de um documento.
Isso ocorre porque as tintas desses materiais são tipicamente compostas por corantes fluorescentes, solventes e estabilizadores, substâncias responsáveis pela luminosidade intensa que vemos sob certas condições de luz.
Essa característica distintiva dos marcadores de texto torna a remoção das manchas um desafio maior em comparação com tintas tradicionais.
A boa notícia é que existem métodos eficazes e práticos para eliminar essa sujeira, facilitando a leitura e preservando a integridade do papel. Veja algumas a seguir.
Um experimento científico conduzido por pesquisadores da Universidade Bradley, em Peoria, Illinois, revelou uma descoberta surpreendente: manchas de marca-textos amarelos fluorescentes podem ser “apagadas” com suco de limão.
Isso é possível porque a piranina, o corante amarelo fluorescente da tinta do marcador, torna-se incolor em condições ácidas e retorna ao amarelo em condições básicas.
Essa substância é composta por vários grupos funcionais ligados a um núcleo de pireno. Em sua forma ácida, a molécula é incolor, enquanto na forma básica, ela é amarela.
Ambas as variações da molécula são capazes de fluorescer, o que significa que elas podem emitir luz quando expostas a certas condições de iluminação.
Em demonstrações práticas, superfícies de papel são usadas para mostrar as propriedades químicas da piranina como um indicador de pH.
A tinta amarela do marcador é aplicada no papel e, quando seca, é suavemente enxugada com um lenço de papel umedecido com suco de limão.
A acidez da fruta cítrica reage com a tinta, fazendo com que o amarelo desapareça. Mesmo que a tinta descolorida ainda possa fluorescer sob luz ultravioleta, ela apresentará uma fluorescência azulada em vez da amarela original.
Os marcadores de texto possuem uma variedade de corantes que determinam suas cores intensas. Para a cor amarela, são comumente utilizados corantes à base de pireno, como a piranina, e a fluoresceína também é uma opção.
Os azuis são criados a partir de corantes trifenilmetano, que podem ser combinados com corantes à base de pireno para gerar verdes, ou com corantes rodamina para produzir roxos.
Já o laranja é obtido através da mistura de corantes cumarínicos e xantenos. A coloração dos produtos químicos ocorre devido à absorção seletiva de comprimentos de onda da luz.
Moléculas altamente conjugadas, que têm muitas ligações duplas e simples alternadas, absorvem luz na faixa visível do espectro, resultando em diferentes cores baseadas nos comprimentos de onda específicos absorvidos.
Essa propriedade é responsável pela diversidade de cores nos corantes dos marcadores. Por outro lado, a fluorescência dos corantes em marcadores é explicada pela absorção de luz ultravioleta, além da luz visível.
Quando os elétrons das moléculas absorvem luz UV, eles são elevados a um estado de energia mais alto.
Eles não permanecem nesse estado, retornando ao estado original e emitindo o excesso de energia como luz visível, geralmente com um comprimento de onda maior do que o absorvido.
Esse fenômeno resulta na emissão de luz visível após a absorção de luz UV, conferindo aos marcadores sua característica fluorescente.
Embora os corantes sejam essenciais, eles compõem apenas cerca de 5% da tinta, sendo o restante uma mistura de solvente glicol e água, que pode incluir um biocida para inibir o crescimento de microrganismos.
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