Descubra a idade em que atingimos o pico de tristeza e frustração, segundo a ciência

A idade em que alcançamos o ápice da tristeza e frustração está relacionada com a ideia de curva da felicidade e crise da meia-vida. De acordo com os estudos realizados em mais de 134 países, existe um período médio em que esses sentimentos prevalecem.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo economista David Blanchflower, professor da Universidade Dartmouth, nos Estados Unidos, e ex-membro do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, existe uma idade em que alcançamos o ápice da tristeza e frustração. Desse modo, a Ciência parece ter mapeado esse período na vida humana.

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O estudo, publicado em janeiro de 2020 pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos, identificou uma “curva da felicidade” que está presente na maioria dos países. Para encontrar o resultado, a equipe aplicou a pesquisa em 134 países distintos. Saiba mais informações a seguir:

Qual é a idade do ápice da tristeza e frustração?

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Apesar das diferenças culturais entre as nações participantes, o padrão identificado na pesquisa demonstra que o ápice da tristeza e frustração acontece até o fim dos 40 anos, mas depois começa a surgir um senso de valorização da vida, com o bem-est–-_ar acompanhando o envelhecimento.

Sendo assim, a pior parte é a metade da vida, com os maiores momentos de felicidade acontecendo no começo da vida e após os 50 anos. O banco de dados utilizado teve o apoio de pesquisas internacionais que calcularam o bem-estar das pessoas por meio de diferentes metodologias.

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Por meio da análise dessas informações, a média de idade mais infeliz das pessoas nos países desenvolvidos é de 47,2 anos. Em complemento, a média de idade nos países em desenvolvimento é de 48,2 anos. Segundo Blanchflower, o que acontece é que os indivíduos se tornam mais realistas a partir dessa idade.

Depois dos 50 anos, a tendência é que a pessoa se torne mais grato pelo que tem, o que melhora a qualidade de vida. A Psicologia explica esse fenômeno por meio de diferentes teorias, sendo que uma delas afirma que as pessoas aprendem a se adaptar em relação aos próprios pontos fortes e fracos enquanto envelhecem.

Nesse meio tempo, também aprendem a administrar as ambições inviáveis, convivendo de maneira positiva com as possibilidades e as limitações que possuem. Por sua vez, essa área do conhecimento acredita que as pessoas mais otimistas costumam viver mais tempo, o que ajuda a criar a curva da felicidade em forma de U.

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Em todos os casos, a percepção geral do bem-estar é influenciada pelo fator econômico. Neste cenário, até o fim dos 40 anos, a vulnerabilidade do indivíduo é ampliada diante do contexto econômico adverso. Em específico, são atingidas por isso as pessoas que possuem menos escolaridade, famílias não estruturadas e que não tem rede de apoio própria.

Como funciona a curva da felicidade?

Segundo o livro “A curva da felicidade: por que a vida fica melhor depois da meia-idade”, o cérebro humano passa por diversas alterações à medida que envelhecemos. Em um nível mais detalhado, o que acontece é que a pessoa se concentra cada vez menos na ambição e passa a priorizar as conexões pessoais.

Ainda que seja uma mudança saudável, a transição é desagradável porque envolve uma série de quebras de expectativas. Por conta disso, os indivíduos que vivem a “crise dos 40 anos” não estão mentindo, já que estão inseridos no meio desse processo de mudança.

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Por um lado, os mais jovens superestimam a felicidade de alcançar os próprios objetivos, enquanto os mais velhos carregam o peso das expectativas enquanto balanceiam a habilidade de gerenciar as próprias emoções. Como consequência desse processo, a curva da felicidade tem formato de U.

Uma vez que os momentos de felicidade são vestidos no começo e no final da vida, o período do meio é marcado por desafios, adversidades e complicações que geram a valorização do período subsequente. Curiosamente, os primatas também vivem dentro dessa mesma filosofia, o que demonstra uma tendência entre os mamíferos.

No geral, não são as condições objetivas de vida que melhoram após os 40 anos, mas sim a percepção individual sobre o que é bem-estar.

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