Palavras longas geralmente existem por razões específicas, muitas vezes técnicas ou científicas. No caso da palavra mais longa do inglês, sua extensão reflete a complexidade da proteína Titina.
Cada parte do nome representa diferentes aminoácidos e aspectos de sua estrutura molecular.
Esses nomes longos são derivados de regras sistemáticas de nomenclatura que permitem aos cientistas descrever exatamente a disposição química de grandes moléculas.
Embora sejam raramente usados no dia a dia, eles são importantes em contextos acadêmicos e de pesquisa para garantir precisão e clareza na comunicação científica.
Qual é a palavra mais longa do inglês?
O nome químico completo da titina tem 189.819 letras, sendo considerada a palavra mais longa do inglês.
Também chamada de conectina, trata-se de uma proteína gigante composta por 244 domínios proteicos dobrados individualmente, conectados por sequências peptídicas não estruturadas.
Além disso, o gene da titina contém o maior número de éxons (363) descobertos em qualquer gene.
O nome “titina” é derivado do grego “titã” (os gigantes ancestrais dos deuses olímpicos na mitologia grega), mas é a nomenclatura científica que chama atenção.
Até poderíamos colocá-la neste artigo, mas levaria uma eternidade só para você percorrê-la, então saiba apenas que começa com metionil… e termina com… isoleucina.
Porém, se você está realmente curioso para ouvir alguém pronunciar a palavra mais longa do inglês, há um vídeo disponível na internet em que aparece um homem que leva quase duas horas para ler todas as letras do nome científico da titina.
Qual a função dessa proteína no corpo?
Essa proteína gigante e elástica é encontrada nos músculos esqueléticos e cardíacos, sendo a maior do corpo humano.
Sua principal função é fornecer elasticidade e resistência aos músculos, o que é essencial para permitir que eles se estiquem e contraiam eficientemente.
Além disso, a titina ajuda a manter a integridade estrutural das células musculares e atua na regulação da função cardíaca.
Alterações na expressão ou na estrutura da titina podem levar a disfunções cardíacas, como cardiomiopatia dilatada, e estão associadas a diversas patologias musculares, como distrofias musculares e miopatias.
Outras palavras gigantes da língua inglesa
Por razões óbvias, o nome químico da titina não é encontrado em dicionários comuns.
Isso se deve ao entendimento de que vocábulos científicos extensos são mais fórmulas descritivas do que palavras no sentido tradicional.
Independentemente de serem classificados como palavras ou fórmulas, esses termos são excepcionalmente longos. Outros exemplos de vocábulos extensos incluem:
1. Pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis (45 letras)
Este termo notável, tido como a palavra mais longa em vários idiomas, designa uma doença pulmonar ocasionada pela inalação de partículas extremamente finas de sílica, comum em ambientes vulcânicos.
Ela foi formulada em 1935 por Everett Smith, presidente da National Puzzlers’ League, combinando elementos do grego e do latim para descrever especificamente essa doença pulmonar.
2. Pseudopseudohypoparathyroidism (30 letras)
Esta extensa palavra descreve uma rara doença genética que imita alguns sintomas do hipoparatireoidismo, uma condição caracterizada pela produção insuficiente do hormônio paratireoide pelo corpo.
O termo médico foi criado para caracterizar um paciente que apresenta certas características físicas do hipoparatireoidismo, mas sem a real deficiência hormonal. É um trocadilho que ressalta o aspecto “pseudo”, ou falso, da condição.
3. Floccinaucinihilipilification (29 letras)
Floccinaucinihilipilification é o ato de julgar algo como insignificante ou sem valor. Basicamente, é o processo de desvalorizar ou considerar algo de pouca importância.
A palavra é a junção de quatro termos latinos: ‘flocci’, ‘nauci’, ‘nihili’ e ‘pilifi’, todos significando ‘de pouco valor’ ou ‘insignificante’.
Surgiu no século XVIII pela combinação dessas palavras para formar um conceito que trivializa algo.