Demonstrar gratidão pode alterar o cérebro humano, diz estudo

Veja o que a ciência descobriu sobre o que ocorre em nosso cérebro quando sentimos gratidão.

Muitos estudos realizados nos últimos anos apontam para os benefícios da gratidão. Ser grato é fácil e útil para todos, ou seja, não só para quem está triste, estressado ou ansioso.

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Esse sentimento ajuda a ter mais alegria, energia e motivação na vida. Se você não pratica ainda, deveria começar, e a ciência explique o porquê.

Como a gratidão pode alterar o cérebro humano?

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Uma pesquisa publicada no jornal científico NeuroImage revelou que expressar gratidão pode ter efeitos positivos não só para quem recebe, mas também para quem oferece.

Os autores descobriram que praticar este sentimento por meio da escrita pode mudar a forma como o cérebro se sente e se comporta, trazendo benefícios para a saúde mental e emocional.

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O experimento contou com a participação de 43 voluntários que sofriam de depressão e ansiedade.

Eles foram divididos em dois grupos: um que participou de uma intervenção baseada na gratidão e outro que não.

A intervenção consistiu em escrever cartas de agradecimento para pessoas que fizeram algo bom para eles, sem necessariamente enviá-las.

Eles fizeram isso por três semanas consecutivas, durante 20 minutos cada sessão.

Três meses depois, os participantes passaram por um escaneamento cerebral, enquanto viam fotos de pessoas que supostamente doaram dinheiro para a pesquisa.

Eles tinham que agradecer a essas pessoas, mesmo sabendo que era apenas um exercício.

Os resultados mostraram que o grupo que fez a intervenção de gratidão apresentou maior atividade neural nas áreas relacionadas a este sentimento, comparado ao que não fez.

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Além disso, essas áreas se mantiveram ativas mesmo depois de tanto tempo, indicando que a gratidão pode ser um hábito duradouro.

Avaliação de bem-estar

Os pesquisadores também avaliaram o bem-estar dos participantes por meio de questionários.

Eles constataram que o grupo que praticou a gratidão relatou maior satisfação com a vida, menor depressão, menor ansiedade e mais emoções positivas do que a equipe que não praticou.

Esses achados sugerem que este sentimento pode ser um fator de proteção contra o estresse e os transtornos mentais.

Pois, quando o expressamos e o recebemos, nosso cérebro libera dopamina e serotonina, dois neurotransmissores responsáveis ​​pelas nossas emoções, fazendo-nos sentir “bem”.

Eles melhoram nosso humor imediatamente, fazendo-nos sentir leves e satisfeitos. Outro benefício é a estimulação de vias neurais que regulam a emoção, o aprendizado e a memória.

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Diminuição do estresse

Uma investigação de 2015 também demonstrou que quando as pessoas se sentem gratas, ficam menos estressadas.

Isso acontece porque o hormônio do estresse, chamado cortisol, diminui. Ademais, isso fortalece o coração e faz com elas consigam lidar melhor com momentos difíceis e emoções ruins.

A gratidão também pode fortalecer os laços sociais, aumentando a confiança, a empatia e a cooperação, e você pode cultivá-la de diversas formas, como:

  • Escrever um diário, anotando regularmente as coisas pelas quais você é grato;
  • Escrever cartas ou mensagens de agradecimento para pessoas que fizeram algo bom por você, ou que simplesmente fazem parte da sua vida;
  • Expressar verbalmente a sua gratidão para as pessoas que estão ao seu redor, como familiares, amigos, colegas e vizinhos;
  • Praticar a gratidão consciente, prestando atenção nas coisas boas que acontecem no seu dia a dia, por mais simples que sejam;
  • Fazer um pote ou um mural de agradecimento, onde você coloca papéis com as coisas pelas quais você é grato, e revisa periodicamente;
  • Fazer o desafio de agradecer por uma coisa diferente a cada dia, ou encontrar motivos para enxergar coisas boas mesmo em situações difíceis.
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