A língua portuguesa é repleta de regras e normas que foram elaboradas ao longo dos anos para que houvesse harmonia na escrita das palavras e, claro, no sentido de cada uma delas. Uma das dúvidas mais frequentes entre quem vai prestar algum tipo de concurso tem a ver com o uso dos termos “dele” ou “de ele” — você sabe quando empregar cada um?
Ambas as estruturas se parecem, tanto na grafia quanto na sonoridade, mas “dele” e “de ele” devem ser empregadas em momentos específicos da construção textual. Se você já teve esse tipo de dúvida, leia este artigo até o fim e aprenda essa diferença de forma rápida, simples e eficiente.
Dele ou de ele: quando usar?
Uma das regras básicas da gramática normativa da língua portuguesa diz que não há ocorrência de sujeito preposicionado. Por isso, não devemos usar sentenças como “apesar dele ser cientista, compartilhou notícias falsas”, mas sim “apesar de ele ser cientista”.
O problema dessa norma está no fato de que alguns concurseiros têm dificuldade em encontrar elementos textuais, como sujeito e preposição.
Por isso, lembre-se sempre de que chamamos de sujeito aquele elemento textual que tem a capacidade de mudar a pessoa do verbo (do plural para o singular e vice-versa). No exemplo acima, o sujeito é “ele” — se mudássemos para “eles”, o verbo seguinte também seria alterado e ficaria “compartilharam notícias falsas”.
Depois de encontrar o sujeito da frase, precisamos analisar se existe ou não a preposição “de” na oração. Se houver preposição, a estrutura fica “de ele”.
Veja alguns exemplos práticos com o uso de “dele” e “de ele”:
- Apesar de ele ser um bom aluno, ficou para exame.
- Ela veio na hora de ele sair.
- Já está na hora de o filme acabar.
- O escritório dele ficou sem energia elétrica.
- Na festa de formatura dele, todos os amigos tomaram chuva.
