Déjà vu: por que acontece e o que significa

Você já sentiu que já passou por uma situação? Ou que você já viu aquele lugar antes, mesmo que seja a primeira vez que o visita? Isso pode ser um déjà vu e a ciência tem uma explicação.

Se você já teve a sensação de se encontrar em uma situação familiar, pela qual pensa já ter passado, mas tem certeza de que não, então você experimentou um déjà vu. De fato, é uma percepção curiosa que certas pessoas têm com mais frequência do que outras, embora todos saibamos em maior ou menor grau o que é déjà vu. Mas por que isso acontece?

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Amantes do mistério e do paranormal conferem ao déjà uma série de razões fantásticas. Já foi dito que são premonições do futuro, lembranças de vidas passadas, experiências de nossa alma fora do corpo e até resultado de abduções alienígenas. Mas além desse tipo de explicação, a ciência tem suas próprias teorias.

O que é déjà vu?

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Déjà vu é um fenômeno comum que muitas pessoas experimentaram pelo menos uma vez na vida. É um termo francês que se traduz em “já visto” e se refere ao sentimento de familiaridade ou sensação de reviver uma experiência que nunca se teve antes.

Estima-se que entre 60 e 80% das pessoas já experimentaram esse fenômeno pelo menos uma vez na vida. Além disso, o déjà vu ocorre sem qualquer outro indício que o antecipasse previamente e, pelo que se sabe até agora, não existem causas específicas que possam explicar esta situação marcante.

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Por que o déjà vu acontece?

Algumas teorias que explicam o déjà vu incluem:

1. Mau funcionamento do cérebro

Uma teoria sobre a causa do déjà vu é que ele ocorre quando a capacidade do cérebro de reconhecer e processar informações é interrompida. Essa hipótese sugere que, quando o cérebro recebe informações semelhantes a uma memória armazenada anteriormente, mas não consegue recuperá-la completamente, cria uma sensação de familiaridade, levando à sensação de déjà vu.

Esta teoria é apoiada por estudos que mostraram que o fenômeno é mais comum em pessoas que sofreram um traumatismo craniano ou um distúrbio neurológico que afeta sua memória.

2. Recuperação de memórias

Outra teoria é que o déjà vu está relacionado à maneira como o cérebro codifica e recupera memórias. As memórias são armazenadas em diferentes partes do cérebro e, quando as lembramos, o cérebro recupera as informações e as integra em nossa experiência atual.

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De acordo com essa teoria, o déjà vu ocorre quando o cérebro recupera acidentalmente uma memória semelhante à experiência atual, criando uma sensação de familiaridade. Essa teoria é apoiada por pesquisas que descobriram que o déjà vu é mais comum em pessoas com altos níveis de atividade do lobo temporal, responsável pela recuperação da memória.

3. Habilidade psíquica

Uma terceira teoria sugere que o déjà vu é uma forma de precognição ou habilidade psíquica. Ela propõe que o déjà vu ocorre quando o cérebro recebe informações de um evento futuro e as processa como se já tivesse acontecido.

Inclusive, é justamente essa hipótese que é frequentemente associada a explicações paranormais ou sobrenaturais e carece de evidências científicas para apoiá-la. No entanto, algumas pessoas afirmam ter experimentado déjà vu em situações em que não tinham conhecimento prévio, levando-as a acreditar que tiveram um vislumbre do futuro.

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O que a psicologia afirma sobre o fenômeno?

Apesar da falta de uma explicação clara para as causas do déjà vu, geralmente acredita-se que tenha um significado psicológico. Alguns psicólogos sugerem que o déjà vu é uma maneira de o cérebro processar e integrar novas experiências em nosso conhecimento e memórias existentes.

Também pode ser uma forma de o cérebro identificar potenciais ameaças ou oportunidades, permitindo-nos reagir de forma mais rápida e eficiente. Nesse sentido, o déjà vu pode ser visto como um mecanismo útil e adaptativo que nos ajuda a navegar em nosso ambiente e a dar sentido às nossas experiências.

Por outro lado, alguns psicólogos sugerem que o déjà vu pode ter um significado mais complexo. Eles propõem que o déjà vu é uma maneira de o cérebro processar emoções ou conflitos não resolvidos que podemos ter suprimido ou esquecido.

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Além disso, pode ser uma maneira de o cérebro trazer esses problemas não resolvidos para nossa consciência, permitindo-nos abordá-los e resolvê-los. Nesse sentido, o déjà vu pode ser visto como um mecanismo terapêutico que nos ajuda a nos curar e crescer emocionalmente.

Por fim, é importante ficar atento quando o déjà vu vem associado a fadiga, ansiedade ou estresse, ou quando ocorre com frequência, dura mais tempo ou é acompanhado de sintomas como medo, raiva, euforia, batimentos cardíacos acelerados, palidez e movimentos repetitivos do corpo. Diante disso, é fundamental procurar um médico para avaliação e tratamento apropriado.

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