De quanto em quanto tempo é preciso trocar o seu lençol de cama?

Manter a troca regular do lençol de cama é essencial para garantir um ambiente saudável e evitar que o local onde dormimos se torne uma fonte de doenças.

A limpeza da casa é uma tarefa da qual não podemos fugir, e, entre os cuidados necessários, a higiene da cama merece atenção especial. Afinal, é nela que passamos cerca de um terço das nossas vidas.

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O que muitos não percebem é que, mesmo que pareça limpa, a roupa de cama acumula sujeira invisível, como ácaros, bactérias e células mortas da pele.

Esses “intrusos” podem causar alergias, irritações cutâneas e outros problemas de saúde. Por isso, trocar a roupa de cama regularmente é mais do que uma questão de conforto: é um hábito que protege o bem-estar. Saiba com que frequência você deve fazer isso.

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Com que frequência é recomendado trocar o lençol de cama?

Quantas vezes tem que trocar o lençol da cama

Trocar o lençol de cama semanalmente ajuda a evitar problemas de saúde relacionados à exposição a fungos e ácaros. Foto: Reprodução / Pexels

De acordo com especialistas, a recomendação geral é trocar os lençóis da cama uma vez por semana. Essa frequência ajuda a reduzir significativamente o acúmulo de ácaros, bactérias, fungos e outros microrganismos que se acumulam com o tempo.

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Um estudo publicado na revista Clinical Reviews in Allergy & Immunology revelou que os ácaros, como Dermatophagoides pteronyssinus e Dermatophagoides farinae, são responsáveis por desencadear sintomas alérgicos, como rinite, asma e dermatite atópica, devido às suas partículas fecais e fragmentos corporais que se acumulam nos tecidos.

Outra investigação conduzida por pesquisadores brasileiros mostrou que a parte superior do colchão pode abrigar uma média de 950 ácaros por grama de poeira, enquanto a parte inferior, menos acessível, pode conter até 3.900 ácaros por grama.

Esses números evidenciam como a cama se torna um ambiente propício para a proliferação desses organismos, especialmente em climas tropicais, onde a umidade e o calor favorecem sua reprodução.

Em situações específicas, a frequência de troca deve ser ainda maior. Por exemplo, pessoas doentes devem trocar os lençóis a cada dois dias para evitar reinfecções e acelerar a recuperação.

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Da mesma forma, quem dorme com animais de estimação, crianças pequenas ou sofre de alergias deve adotar uma rotina mais rigorosa, trocando os lençóis a cada três ou quatro dias.

Atenção também aos travesseiros

Uma pesquisa realizada em 2015 revelou que travesseiros, sejam de penas ou sintéticos, também podem abrigar uma variedade impressionante de fungos.

Após analisar travesseiros com idades entre 1,5 e 20 anos, os pesquisadores identificaram de 4 a 17 espécies diferentes de fungos em cada um deles.

Entre os mais comuns estavam o Aspergillus fumigatus, conhecido por seu potencial alergênico, e outros como Aureobasidium pullulans e Rhodotorula mucilaginosa.

Esses microrganismos podem se acumular ao longo do tempo, especialmente em travesseiros que não recebem os cuidados adequados.

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A pesquisa destacou ainda que os travesseiros sintéticos tendem a abrigar uma maior diversidade de fungos em comparação com os de penas. Isso ocorre porque esses materiais podem reter mais umidade, criando um ambiente ideal para a proliferação desses germes.

Além disso, a proximidade dos travesseiros com as vias aéreas durante o sono aumenta o risco de exposição a esses fungos, o que pode ser especialmente preocupante para pessoas com problemas respiratórios, como asma ou sinusite.

Os resultados do estudo reforçam que, além de trocar as fronhas regularmente, é recomendável lavar ou higienizar os travesseiros conforme as instruções do fabricante e, se necessário, substituí-los a cada um ou dois anos, dependendo da qualidade do material, do uso e da higienização.

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