A conjunção tem como principal objetivo ligar termos, elementos ou frases a partir do estabelecimento de uma relação de dependência, ou independência. Neste sentido, a partir dessa conexão estabelecida pode-se obter diversos sentidos para as palavras utilizadas e as expressões conectadas. Porém, depende do contexto de utilização da oração.
Em resumo, as conjunções ligam duas orações ou duas palavras que possuem o mesmo valor gramatical, e essa conexão estabelece uma relação entre elas. Mais comuns do que se imagina, as conjunções são essenciais para construir textos e discursos com mais coesão e coerência, uma vez que dão sentido às construções frasais. Saiba mais a seguir:
Quais são os tipos de conjunção e para que servem?
A princípio, as conjunções são caracterizadas com base no tipo de relação que estabelecem entre os termos conectados. Portanto, podem ser coordenativas, caso haja uma dependência, ou subordinativas, se houver independência. Dentro dessas duas grandes categorias, existem subdivisões específicas, cada uma com palavras que podem desempenhar o papel de conexão.
1) Conjunções coordenativas
Por definição, são as conjunções que conectam duas orações independentes, e possuem cinco tipos:
Conjunções aditivas
Exprimem a ideia de soma, adição de pensamentos e ideias. Em específico, podem ser utilizadas as expressões: e, nem, não só, mas também, não só… como também.
Exemplo: Comprei suco de goiaba e suco de laranja, mas também resolvi trazer frutas frescas.
Conjunções adversativas
Exprimem a ideia de oposição, compensação entre ideias ou pensamentos, contraste. As conjunções adversativas mais comuns são: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto e não obstante.
Exemplo: Não consegui comprar o suco de goiaba, mas trouxe as frutas frescas para fazer um suco natural.
Conjunções alternativas
Passam o valor de alternância, escolha de pensamentos e opções. Neste caso, são mais comuns os conjuntos: ou/ou, ora/ora, já/já, quer/quer e seja/seja.
Exemplo: Ou comprava o suco de laranja ou o suco de goiaba.
Conjunções conclusivas
Como o próprio nome estabelece, são as que possuem ideia de conclusão, encerramento e término de um pensamento ou ação. Desse modo, as mais comuns são: logo, por isso, pois localizado após o verbo, por conseguinte, assim, por fim e portanto.
Exemplo: Estudava muito, por isso não tinha tempo para sair com os amigos.
Conjunções explicativas
Por sua vez, as conjunções explicativas transmitem razão, motivo e justificativa. Dessa forma, são mais utilizadas as expressões: que, porque, assim, pois (localizado antes do verbo), por conseguinte e porquanto.
Exemplo: Estudava muito porque queria sair de sua cidade natal.
2) Conjunções subordinativas
Ao contrário das conjunções coordenadas, são termos que ligam orações dependentes uma da outra. Sobretudo, está dividia em dez tipos distintos:
Conjunções integrantes
Atuam introduzindo orações subordinadas com função substantiva. As mais utilizadas são: que e se.
Exemplo: Não sei se ligo para ele hoje, mas entendo que precisamos conversar.
Conjunções causais
Também introduzem orações subordinadas, mas especificamente aquelas que dão ideia de causa. Pode-se usar expressões como: que, porque, pois, visto que, já que, uma vez que e como.
Exemplo: Não liguei para ele porque fiquei sem bateria.
Conjunções comparativas
Esse tipo de conjunção introduz orações subordinadas que possuem ideia de comparação entre elementos. As mais comuns são: que, do que e como.
Exemplo: Pensava como seus pais, e preferi fazer isso do que pensar como os seus irmãos.
Conjunções concessivas
Por via de regra, as conjunções concessivas iniciam orações subordinadas que transmitem um fato contrário em relação à oração principal. Podem ser utilizadas nesse contexto as expressões: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesare de que, por melhor que, nem que e por mais que.
Exemplo: Pensava como seus pais, embora tivesse as próprias opiniões.
Conjunções condicionais
As conjunções condicionais são utilizadas para iniciar orações subordinadas que representam condições ou hipóteses para os fatos descritos nas orações principais. São classificadas desse jeito os termos: caso, contanto que, salvo se, desde que e a não ser que.
Exemplo: Caso queira sair hoje, podemos ir a um bar.
Conjunções conformativas
As conjunções conformativas atuam iniciando as orações subordinadas que possuem valor de concordância entre fatos ou transmitem a ideia de acordo. Dessa maneira, podem ser utilizadas as palavras: segundo, como, conforme e consoante.
Exemplo: Podemos sair, como combinado.
Conjunções consecutivas
As conjunções consecutivas exprimem ideia de consequência, efeito e continuidade em relação aos fatos previstos na oração principal, sendo utilizadas nas orações subordinadas. Como exemplo dessas conjunções tem-se: que, de forma que, de modo que, de maneira que.
Exemplo: Conseguiu terminar de trabalhar mais cedo, de modo que pode ir para a academia antes do planejado.
Conjunções temporais
Como previsto no nome, essa categoria de conjunção inicia orações subordinadas com a ideia de tempo. Os exemplos mais comuns são: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que e enquanto.
Exemplo: Quando terminar de trabalhar, vou para a academia.
Conjunções finais
As conjunções finais são utilizadas no início de frases subordinadas que possuem o valor de finalidade. Normalmente, se utiliza as expressões: a fim de que e para que.
Exemplo: Comprei essas joias para que você use na sua festa de formatura.
Conjunções proporcionais
Por fim, as conjunções proporcionais iniciam as orações subordinadas que tenham contexto de concomitância, continuidade imediata e simultaneidade. Nessa definição, costuma-se empregar os termos: à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto maior, ao passo que.
Exemplo: Quanto mais perto chega a festa de formatura, mais ansiedade sinto.