O lixo orgânico é o resíduo biológico (de origem animal ou vegetal) produzidos em residências, empresas, escolas, entre outros. Entre os exemplos desse tipo de lixo, têm-se os restos de alimentos (frutas, verduras, carne, entre outros), cascas de ovos, sementes, folhas, caule, madeira, papel usado (higiênico, absorvente, entre outros) e sacos de café.
No Brasil, metade do total do lixo urbano gerado é formado por resíduos orgânicos, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), coautora do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares). Ocorre que somente 1% do lixo orgânico produzido no país é reciclado.
Os outros 99% são levados aos aterros sanitários. Nesses locais, ocorre a captação do chorume, um líquido escuro, viscoso e com mau cheiro, produzido a partir da decomposição da matéria orgânica.
Tal decomposição, por sua vez, produz o metano, um gás tóxico incolor e inodoro, que contribui para o aumento do efeito estufa na Terra, problema ligado diretamente ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Para evitar então que o lixo orgânico seja nocivo ao planeta, a alternativa é tratá-lo de forma adequada. Uma das formas de tratamento desses resíduos é a compostagem. Ela, portanto, contribui para a diminuição da quantidade de lixo orgânico acumulada nos aterros e até mesmos nos lixões, ajudando na redução das emissões de gás metano.
Não bastasse isso, a compostagem ainda é capaz de ajudar as plantas da sua casa. Mas, afinal, o que é a compostagem e por que ela é importante para hortas, jardins e até mesmo plantações agrícolas. Confira as resposta a seguir.
O que é compostagem?
A compostagem é o processo biológico por meio do qual ocorre a decomposição e a reciclagem de matéria orgânica como sobras de frutas e verduras. É, na verdade, um processo em que microrganismos, como fungos e bactérias, que degradam determinados tipos de resíduos, dando origem ao húmus.
O húmus, por sua vez, é um material rico em nutrientes e minerais, que pode ser usado em hortas e jardins, como adubo orgânico. Ele tem o papel de tornar a terra mais estável e apropriada para receber as plantações, sendo um excelente fertilizante. Com ele, evita-se o uso de produtos químicos e industrializados na terra.
Quais os tipos de compostagem?
Há dois tipos principais de compostagem. São eles:
- Vermicompostagem: nesse tipo, as minhocas são as responsáveis por fazer a decomposição dos resíduos orgânicos. Ele pode ser feito em casas ou apartamentos, com os restos de alimentos da cozinha. Esse tipo de compostagem dá origem ao húmus, a partir do excesso de líquidos dos alimentos, e também um vermicomposto líquido. Esse é processo mais rápido.
- Compostagem seca: nesse tipo, não há a presença de minhocas. Com isso, a degradação dos resíduos é de responsabilidade dos microrganismos. Ao contrário do anterior, esse processo é mais lento.
Como fazer compostagem em casa?
Fazer sua própria compostagem é um processo bem simples. Confira a seguir o passo a passo para fazê-la em casa.
- O primeiro passo é fazer um buraco na terra, com aproximadamente 0,5 m² e 30 cm de profundidade – uma dica para evitar que as paredes desabem é usar placas de madeira ou uma caixa sem fundo como suporte;
- Em seguida, coloque os resíduos orgânicos no buraco – outra dica para evitar o mau cheiro é cobrir os resíduos com folhas secas e serragem;
- Em dias de muito sol ou calor, regue a composteira, visto que a umidade tem o potencial de acelerar a decomposição;
- A cada quinze dias, é preciso revirar o material para aerar a mistura – esse passo irá também acelerar o processo de decomposição;
- Após algumas semanas, o resíduo se tornará uma terra escura e fofa, a qual deverá ser utilizada como adubo.