A abreviação ou abreviatura é um termo no qual se utiliza um ponto final para indicar que se trata da forma não completa de uma palavra, termo ou número. Nesse sentido, estima-se que essa forma de escrita surgiu no século XIX para facilitar a comunicação, e foi mais ou menos nesse período que foi desenvolvida a forma de escrever a abreviação de números.
Atualmente, existem quatro maneiras aceitas pela norma culta da Língua Portuguesa para fazer essa contração, que geralmente é aplicada somente no termo “número” e não afeta o numeral que o acompanha. Porém, é importante aprender para não errar mais, em especial diante das utilizações equivocadas que costumam aparecer em textos e documentos. Saiba mais informações a seguir:
Como se escreve a abreviação de números?
Antes de mais nada, a abreviação de números pode ser feita por meio do nº, N.º, núm. ou n. Dessa forma é errado escrever a abreviatura do número sem o ponto abreviativo, como em nº ou Nº. Frequentemente, o ponto abreviativo é usado para indicar que houve uma diminuição das letras que formam a expressão completa. Confira alguns exemplos:
- Eu comprei o ticket número 15.
- Conheci aquele homem no carrinho nº 28.
- Quem sabe ela não vive no apartamento N.º 120?
- Verifique se a encomenda do item n. 10 foi realizada com sucesso.
- Queria ser o núm. 1 nessa competição.
Assim como acontece com a palavra número, a abreviação de numerais decimais também é realizada por meio do ponto abreviativo. Em específico, a vogal em expoente deve ser indicativa do gênero da palavra, com a vogal O se for masculina e a vogal A se for feminina. Entenda melhor com alguns exemplos dessa forma de escrever:
- Ela foi a 1ª a chegar da corrida.
- No final das contas, ele não passou do 15º lugar.
- Mesmo que quisesse chegar ao 3º lugar, ela teria que ultrapassar a 18ª posição no ranking.
- Até me esforcei, mas não cheguei em 5º porque não fui rápida nos desafios.
Quais são os tipos de abreviações?
No início, a partir do surgimento das abreviação no século XIX, esse tipo de utilização foi separada em três grupos amplos conhecidos como reduções gráficas. Em primeiro lugar, as reduções tradicionais que são mais ou menos fixas, como acontece em Sr. para Senhor e Sra. para Senhora. Logo em seguida vem as reduções feitas especialmente para usar em obras especializadas.
Por fim, existem as reduções convencionadas internacionalmente que são conhecidas como símbolos, porque possuem caráter permanente. Como exemplo, pode-se citar o sistema metrológico internacional, as abreviações utilizadas na química com a letra maiúscula tendo valor especial, mas sem adicionar ponto final redutor ou indicação de flexões.
Entretanto, de acordo com a Academia Brasileira de Letras, os últimos séculos fizeram com que os nomes que designam associações, sociedade, companhias, empresas e firmas também passassem por reduções e abreviaturas. Contudo, nesses casos, as abreviações são consideradas siglas, principalmente quando a sigla possui um caráter de palavra ou vocábulo, como acontece com EUA para Estados Unidos da América.
Na maior parte dos casos, as siglas se fazem por meio das letras iniciais daquilo que intitulam, como em URSS ou UNESCO e também por letras e sílabas iniciais, como Sudam para descrever a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. Em alguns casos, há a formação por meio de combinações arbitrárias, como em BRICS em que se organizou o nome dos países em uma ordem com melhor sonorização.
Por conta disso, existem abreviações que permitem misturar letras e elementos ideográficos a fim de criar novos signos, sinais, logotipos, índices e ícones. Existem também os casos em que uma mesma palavra pode ser abreviada de diferentes formas, como acontece com os números, mas é interessante apostar em reduções que reduzam as ambiguidades.