Ao longo da vida, desenvolver determinadas curiosidades aleatórias é algo mais do que comum para estimular a mente humana. Na infância, perguntar-se o motivo do céu ser azul, do mar ter ondas ou das estrelas brilharem faz parte do crescimento: outras, como o motivo de frutas sem semente continuarem existindo, acompanham a maioria até a vida adulta. Hoje, confira a resposta para esse mistério.
Para aqueles que são curiosos de carteirinha, refletir a respeito da forma como uma uva sem semente, banana ou abacaxi pode ser plantada pode levar a algumas conclusões interessantes. Assim, para entender mais sobre o assunto, confira abaixo como essas frutas sem semente continuam existindo.
Como as frutas sem sementes são produzidas?
Ao pensar nas aulas de botânica da escola, a maioria irá se lembrar de que o desenvolvimento dos frutos pela reprodução sexual nas plantas é feito por meio da fertilização da oosfera (gameta feminino) no óvulo das flores, junto do gameta masculino transportado pelo grão de pólen. Contudo, existem frutos que podem se desenvolver sem o processo de fertilização, seja por processos naturais ou programas de melhoramento genético.
Tais fatores geram a ausência ou degeneração das sementes. A partenocarpia, por exemplo, é um processo que consiste na formação de frutos sem sementes na ausência de fecundação, como a banana. Nesse sentido, o fruto acaba se desenvolvendo a partir do óvulo não fecundado, por meio da indução de hormônios específicos.
Já no caso da estenoespermocarpia, a fecundação ocorre, mas a semente é degenerada e sofre o chamado aborto embrionário. Outros fatores que podem resultar na formação de frutos sem semente em algumas espécies são falhas ou ineficiência da polinização, incompatibilidade genética entre os genitores e gametas não funcionais.
O mistério das frutas sem semente
Mas e então? Como as frutas sem semente continuam existindo? A resposta é simples: no caso da banana e do abacaxi, por exemplo, a fruta é reproduzida por meio dos brotos e rizomas gerados pelas plantas adultas. A forma gera plantas idênticas, consideradas “clones” genéticos.
Já a uva é produzida por meio de plantas enxertadas, que são brotos de folhas conectados a base de outras plantas. Tais plantas também são “clones” das plantas mães e serão produzidas igualmente, o que caracteriza um fruto partenocárpico, sem fecundação.