Muitas pessoas se deparam com dúvidas em relação às regras que regem como os números devem ser escritos e falados. Um exemplo disso é o 50: o certo é “cinquenta” ou “cincoenta”?
Além da grafia dos numerais, também é preciso ficar atento à acentuação, pois o Novo Acordo Ortográfico trouxe algumas mudanças importantes. O trema, por exemplo, foi abolido, o que influencia diretamente na grafia de certos termos. Isso significa que já não existe mais “cinqüenta”.
A palavra correta é “cinquenta” ou “cincoenta”?
“Cinquenta” é a forma correta de escrita de acordo com a Língua Portuguesa. Isso ocorre porque o termo tem origem no latim quinquaginta, e por isso, mantém-se a grafia com “qu”, preservando a ligação com seu étimo latino.
Este numeral cardinal corresponde ao número 50, ou seja, cinco dezenas. Exemplos de uso são:
- Ele celebrou seu aniversário de cinquenta anos com uma grande festa;
- A maratona tinha um percurso de cinquenta quilômetros;
- Ela comprou cinquenta balões vermelhos para decorar a sala;
- O prédio tem cinquenta andares;
- No filme, o personagem principal recebeu uma herança de cinquenta milhões de dólares;
- O livro custa cinquenta reais na livraria;
- A biblioteca tem uma coleção de cinquenta obras raras;
- O avião pode transportar até cinquenta passageiros;
- Ele conseguiu resolver cinquenta problemas de matemática em uma hora.
Um erro comum é escrever “cinqüenta”, forma que foi abolida com a implementação do Novo Acordo Ortográfico, que eliminou o trema.
O mesmo se aplica a palavras relacionadas como: cinquentão, cinquentenário, cinquentena, todas com -que-. No português do Brasil, o trema era usado na vogal “u” para indicar sua pronúncia nas sílabas que, qui, gue, e gui.
O que são números cardinais e ordinais?
Numerais cardinais são palavras que representam a quantidade exata de elementos em um conjunto, ou seja, indicam o número absoluto de objetos, pessoas, animais, etc.
Eles são usados para contar e enumerar elementos de forma direta e objetiva, sem indicar ordem ou posição. Exemplos de numerais cardinais incluem um, dois, três, quatro, e assim por diante.
Por outro lado, números ordinais são utilizados para indicar a posição ou ordem de elementos em uma sequência. Eles são empregados para organizar e classificar itens em uma série, como primeiro, segundo, terceiro, e assim por diante.
Diferentemente dos numerais cardinais, que expressam quantidade, os ordinais descrevem a posição relativa de um item dentro de um grupo.
Por exemplo, em uma corrida, os números ordinais são usados para indicar a colocação dos participantes: o primeiro lugar para o vencedor, o segundo para o segundo mais rápido, e assim por diante.
Além disso, nas listas e instruções, os números ordinais ajudam a organizar informações de maneira lógica e fácil de seguir, como “primeiro passo”, “segundo passo” e “terceiro passo”. Esses números são fundamentais para qualquer situação em que a ordem dos elementos importe.
Quando devemos escrever números por extenso?
A escrita por extenso dos numerais é fundamental para a clareza na comunicação escrita, especialmente em contextos formais, acadêmicos ou legais. Isso também evita ambiguidades e pode ser uma exigência em determinados documentos oficiais, redações e provas.
Nesse sentido, em textos, devem ser escritos por extenso numerais cardinais até o dez, numerais ordinais até o décimo, numerais cardinais cem e mil, números que iniciam uma frase e numerais fracionários. Observe os exemplos:
- Ele encontrou cinco moedas no chão;
- As crianças plantaram sete árvores no parque;
- Ela subiu ao segundo degrau da escada;
- O restaurante fica no oitavo andar do edifício;
- A empresa contratou cem novos funcionários;
- O evento reuniu mil participantes;
- Vinte e cinco alunos foram premiados;
- Cento e cinquenta voluntários se inscreveram para o projeto;
- Eles pintaram um quinto da casa;
- Comemos dois terços da pizza.
Os demais casos devem ser escritos utilizando números. Como “O concurso público abriu 148 vagas”.