Cidade mais alta do mundo fica a 5.100 metros acima do nível do mar

A cidade mais alta do planeta, localizada na América do Sul, atrai atenção por sua localização única e pelas condições extremas que impõe a seus moradores.

A cidade mais alta do mundo desafia a lógica da sobrevivência humana, situada a mais de 5.100 metros de altitude. Com o ar rarefeito e temperaturas que ficam abaixo de zero, o local atrai milhares de pessoas impulsionadas pela esperança de encontrar ouro em suas minas.

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Apesar da paisagem impressionante, cercada por montanhas nevadas, a realidade diária é marcada pela ausência de infraestrutura básica, como saneamento e serviços de saúde, além de desafios como poluição e insegurança.

O assentamento, que surgiu como um acampamento temporário de garimpeiros, transformou-se em uma comunidade permanente, onde a busca por riqueza convive com condições de vida que testam os limites da resistência humana.

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A cidade mais alta do mundo fica em uma geleira congelada no Peru, a 5.100 metros de altitude. Foto: Reprodução / Pexels

La Rinconada, localizada no departamento de Puno, no Peru, é reconhecida como a cidade mais alta do mundo, situada a aproximadamente 5.100 metros acima do nível do mar.

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Essa posição geográfica a coloca acima de outras cidades elevadas, como Wenquan, na China (4.870 metros), e Korzok, na Índia (4.572 metros). A vida em La Rinconada é marcada por desafios significativos devido à altitude extrema e ao clima severo.

O terreno íngreme e de difícil acesso, combinado com um clima de tundra semelhante ao das regiões subpolares, cria um ambiente hostil para a sobrevivência humana.

As temperaturas médias giram em torno de 1 °C, raramente ultrapassando 10 °C mesmo no verão, e a vegetação é escassa, limitando-se a arbustos e musgos.

Apesar das adversidades, o local abriga uma população considerável, estimada entre 30.000 e 50.000 habitantes. O principal motivo para a ocupação humana nessa região inóspita é a mineração de ouro, atividade que sustenta a economia local há décadas.

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Fatos sobre La Rinconada

1. Mineração informal e o método “cachorreo”

La Rinconada é conhecida por sua mineração de ouro informal e precária, onde os mineiros trabalham 30 dias sem pagamento, seguidos por um único dia em que podem ficar com o ouro que conseguirem extrair.

Esse sistema, chamado de “cachorreo”, torna a renda dos trabalhadores totalmente dependente da sorte.

Além disso, as mulheres, que são proibidas de trabalhar nas minas, realizam o “pallequeo”, buscando restos de ouro nos arredores das minas, uma prática que reflete a desigualdade e as dificuldades enfrentadas pela comunidade.

2. Crescimento populacional ligado ao preço do ouro

A população de La Rinconada cresceu exponencialmente nas últimas décadas, especialmente durante a primeira década do século XXI, quando os preços do ouro aumentaram globalmente.

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O número de residentes saltou de cerca de 900 nos anos 1990 para estimativas que variam entre 30.000 e 50.000 hoje. Esse crescimento reflete a atração de pessoas em busca de oportunidades econômicas, apesar das condições de vida extremamente difíceis.

3. Desafios da altitude extrema

Viver em La Rinconada, a quase 5.300 metros de altitude, traz sérios riscos à saúde devido à baixa concentração de oxigênio, que é 50% menor do que no nível do mar.

Os moradores sofrem com o ‘mal da montanha crônico’, que causa dores de cabeça, fadiga, confusão mental e outros sintomas persistentes. Visitantes precisam de cerca de um mês para se aclimatar, mas mesmo assim, os efeitos da hipóxia são inevitáveis.

4. Falta de infraestrutura básica

La Rinconada carece de serviços básicos como água encanada, sistema de esgoto e coleta de lixo. A eletricidade só chegou na década de 2000 e ainda é precária.

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A falta de saneamento e a poluição por mercúrio, proveniente da mineração, criam graves problemas de saúde e ambientais. Os resíduos são queimados ou enterrados, agravando a contaminação do solo e da água.

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